O secretário da Fazenda de Aparecida de Goiânia, André Rosa, foi alvo de busca e apreensão durante 2ª fase da Operação Falso Positivo, deflagrada nesta 5ª feira (4), pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Dercap).
Ainda houve buscas da polícia na Secretaria de Saúde e no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP).
Em nota, Rosa afirmou que a operação é temerária e que sempre esteve à disposição das autoridades para esclarecer os fatos.
Confira na íntegra:
Em relação aos fatos apresentados pela Polícia Civil nesta quinta-feira, 4 de novembro de 2021, envolvendo meu nome e da minha esposa esclareço que sempre estive à disposição das autoridades competentes.
Desejo que a Polícia Civil esclareça o mais rápido possível o fato que ela tem investigado, desde às vésperas das eleições de 2020, sem apresentar nada de novo neste momento. Até porque não há nada de ilícito.
Estou secretário da Fazenda de Aparecida, função que tenho exercido com zelo à coisa pública, desde o início do primeiro mandato do atual prefeito, e antes, na gestão anterior estava à frente da Secretaria de Controle Interno.
Portanto, tenho pautado minha conduta na gestão pública pelos princípios constitucionais da administração pública e, sobretudo, pelo interesse público.
Como cidadão solicito publicamente as instituições que prezam pelo Estado Democrático de Direito que acompanhem de perto esta investigação policial porquê da minha parte não devo, nem temo nada, mas como pai e esposo fico profundamente entristecido com o cumprimento de mandados de busca e apreensão sem necessidade nenhuma porque sempre estive à disposição das autoridades e mais do que ninguém desejo que os fatos sejam esclarecidos.
Diante da omissão da autoridade policial em coletiva de imprensa, venho a público dizer que o Ministério Público e o Poder Judiciário não acataram pedido da Policia Civil pelo meu afastamento das funções públicas por considerarem insuficientes as alegações apresentadas por uma investigação que se arrasta a mais de um ano sem apresentar nenhum fato novo. O que demostra o quanto essa operação policial é temerária.
Ressalto, mais uma vez, que sigo sempre à disposição das autoridades competentes para prestar esclarecimentos e lamento profundamente a utilização política das instituições que deveriam preservar o Estado Democrático de Direito.
Investigações
É apurado direcionamento da contratação do laboratório INAC Medicina Laboratorial Ltda., pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio do IBGH, que presta serviço no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP).
Segundo as investigações, a dona da INAC Medicina Laboratorial Ltda seria a esposa do secretário da Fazenda de Aparecida.
Criada em 2018, a empresa havia sido contratada em agosto e fechada após 2 meses. Depois, reaberta em 2019 com outro CNPJ e proprietário, mas com o mesmo nome da empresa.
De maio a dezembro de 2019, a empresa teve faturamento, conforme apurado, de R$1,5 milhão.
Também é investigado se houve superfaturamento na prestação do serviço, emissão de notas fiscais de exames laboratoriais sem a efetiva prestação do serviço e de notas que podem ter sido pagas indevidamente pela Prefeitura.
A PC ainda investiga a participação de servidores públicos da Prefeitura.
Foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão, sendo eles na casa do secretário municipal, na Secretaria Municipal de Saúde e no Hospital Municipal de Aparecida.
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