Goiânia: segurança pra todos os gostos. E gastos
A sucessão eleitoral em Goiânia tem, oficialmente, 14 nomes envolvidos na disputa. E o quadro é de uma pluralidade sem tamanho, capaz de provocar as reações mais acaloradas. Entre os candidatos, dois ex-prefeitos, quatro nomes ligados à segurança pública, médicos, parlamentares e empresários. Como o tempo de campanha é curto, espera-se maior agilidade e muita criatividade dos protagonistas em suas propostas.
Iris Rezende (PMDB) e Vanderlan Cardoso (PSB) já são por demais conhecidos da população. A grande incógnita fica por conta da fertilidade imaginativa dos delegados Waldir Soares (PR) e Adriana Accorsi (PT), além do Major Araújo (PRP) e do Coronel Pacheco (PTB). O quarteto carrega a incumbência de apresentar soluções para minimizar a insegurança que tanto aflige o goianiense.
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Não será tarefa fácil. É grande a possibilidade de um deles defender a criação de uma força policial especializada como a Swat americana, nos moldes da proposta idealizada pelo marqueteiro Marcus Vinícius Queiroz na eleição do ano 2000 e abraçada, de forma constrangida, pelo candidato Mauro Miranda (PMDB). Ninguém é capaz de mensurar, hoje, qual a reação do eleitorado diante de propostas aparentemente folclóricas.
Polêmica já começou
Dezesseis anos se passaram e a ausência de prioridade e planejamento do governador Marconi Perillo (PSDB), agravada pelo crescimento do tráfico de drogas e a frouxidão das leis, desencadeou uma verdadeira obsessão pelo tema segurança pública em Goiânia. A ponto do deputado Major Araújo, candidato a vice na chapa de Iris Rezende, já polemizar os debates com a proposta de criação do Programa Bolsa Arma, nada mais do que respaldo financeiro para o cidadão adquirir o seu próprio revólver. O que menos importa, neste momento, são os entraves jurídicos e financeiros para a concretização das fórmulas mágicas.
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Foco na Guarda Municipal
Como a responsabilidade direta pela segurança pública pertence aos governos federal e estadual, a Guarda Municipal deverá se transformar em válvula de escape para os candidatos a prefeito de Goiânia. Já tem marqueteiro empolgado idealizando propostas para triplicar o atual efetivo e ampliar em 200% o investimento na aquisição de armas e veículos. Um dos motes anunciado antecipadamente: “Se o Governo de Goiás optou pela omissão, a Prefeitura não deixará o goianiense na mão”. Apertem os cintos, não vai faltar imaginação!
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