O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, foi abordado por 2 servidores da rede municipal de educação durante evento de lançamento de obras na Avenida T-9, na manhã desta 2ª feira (6).
Elma Cristina e Silas de Matos, auxiliares administrativos, cobraram avanço das negociações que tiveram início após greve dos servidores, no começo de outubro.
Entre os pontos questionados pelos servidores, está a equiparação no valor de auxílio locomoção e a formatação de plano de carreira para os trabalhadores.
“Não posso falar de plano de carreira antes do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), é irresponsabilidade fiscal”, justificou Rogério Cruz para os trabalhadores.
O argumento legal também foi utilizado para explicar o ajuste no auxílio locomoção, que não pode ser equiparado ao de professores pela diferença de carreira.
Pagamento em dia
Durante a abordagem, o prefeito destacou que a situação dos servidores da educação em Goiânia é melhor que a de várias capitais no país.
“Tem capitais hoje no Brasil que ainda não pagaram salário de servidor. Vocês devem levantar a mão pro alto porque estamos pagando o salário”, afirmou.
Os servidores, porém, reagiram dizendo que salário não é favor, insatisfeitos com o esclarecimento oferecido por Rogério Cruz.
Os trabalhadores pediram ainda que o prefeito tenha um “olhar cristão” para a categoria que, segundo eles, tem sido “rebaixada em tudo”.
“Se eu fosse olhar com olhar cristão, eu faria tudo sem me preocupar com ninguém, TCM, órgão fiscalizador”, respondeu Cruz.
Andamento das negociações
A deputada estadual e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) intermedia o diálogo com a prefeitura e já recebeu a proposta do Paço, após apresentação de reinvindicações da categoria.
A negociação já foi apresentada aos trabalhadores, que discutem a situação para apresentar resposta em próxima reunião, já marcada para o próximo dia 12.
Apesar disso, a ansiedade em relação às discussões ao plano de carreira ainda incomoda a categoria.
No diálogo com o prefeito, Elma se mostrou preocupada com o momento de apresentação do INPC e o avanço da discussão com vereadores.
“Qual a garantia de que os vereadores vão estar lá?”, questionou.
A dúvida foi imediatamente respondida pelo vereador Juarez Lopes, que acompanhava o prefeito no evento: “A Câmara não para”, garantiu.
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