Tomando por base a onda de “sincericídio” que tomou conta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um sociólogo em crise existencial, façamos um exercício mental para adivinhar quais seriam as revelações de outras personalidades políticas ao ultrapassarem a marca de 80 primaveras:
Dilma: “Eu pedalei, distorci fatos, acobertei escândalos, fiz cara de paisagem, mas não enriqueci às custas do dinheiro público e muito menos briguei com a Patrícia Poeta”.
Lula: “Eu já fui o cara, dei uma mãozinha para os filhos, aceitei lobby na ante-sala da presidência, tomei muitos goles no Aerolula, mas nunca pedi ajuda da arbitragem para o Corinthians”.
Aécio: “Eu brilhei como menino do Rio, colecionei romances e aventuras nas asas da imaginação, ganhei e perdi eleições, mas o importante é que a torcida do Cruzeiro sempre me aplaudiu no Mineirão”.
Alckmin: “Eu assumo minha condição de picolé de chuchu, não dei valor à água nossa de cada dia, tentei esconder documentos, mas essa história de máfia do metrô é mera intriga da oposição”.
Eduardo Cunha: “Eu confesso a existência das contas no exterior, a Cláudia (Cruz) gastou mais do que podia em cosméticos, sempre tive uma atração pelo Jean Wyllys, mas sou evangélico de alma e coração”.
Michel Temer: “Eu sempre desejei assumir, a Marcela (Temer) sonha com a condição de primeira dama, o PMDB jamais conseguirá atingir a união interna, mas jamais me chamem para um chá das 5 com a Dilma”.
Fernando Henrique Cardoso (última forma): “Eu aceito qualquer culpa desde que 1998 seja o ano que existiu, assim como 1968 foi o ano que não acabou”.
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