Tapa na cara da engenharia pública
Goiânia amanheceu nesta quarta-feira dividida entre a ressaca da chuva abençoada e os estragos provocados em dezenas de bairros. A Defesa Civil, como sempre, cumpriu o seu papel e listou 34 pontos de alagamento na capital. Os casos mais complexos envolveram os setores Gentil Meirelles, Perim, Urias Magalhães, São José, Parque Amazônia, Roriz, Progresso e São Paulo. Até aí nenhuma novidade, afinal o volume de água causou espanto. O que nunca surpreende é a apatia da Prefeitura de Goiânia, ao longo dos últimos 20 anos, para resolver aos problemas crônicos.
Crônica do alagamento esperado
Uma imagem antiga é emblemática: o alagamento do viaduto próximo ao Flamboyant Shopping Center, ligação para o Parque Flamboyant e o estádio Serra Dourada. O problema pode se repetir a qualquer momento. Os anos passam e aquele pequeno ponto insiste em representar um tapa na cara da engenharia pública. Mesmo localizado em área nobre da cidade, o viaduto continua solenemente ignorado pelos técnicos da Prefeitura de Goiânia. Nada é feito para o escoamento da água que ali represa com facilidade. Se um local tão valorizado não recebe a atenção necessária, qual a expectativa para as áreas periféricas de Goiânia?
Lula entre sonho e pesadelo
Em bate-papo hoje com 10 blogueiros no seu instituto, Lula voltou a ser Lula com todas as forças. Cobrou mais ousadia de Dilma Rousseff para tirar o governo das cordas, previu a reeleição do desgastado prefeito Fernando Haddad (SP) e culpou novamente a imprensa pelos escândalos que atingiram o Partido dos Trabalhadores em cheio. O ex-presidente parecia estar sonhando com o tempo em que sua popularidade batia nas nuvens e o simples fato de carregar uma caixa de cerveja na praia era motivo de aplauso. Nenhum assessor ousou beliscá-lo.
O preço alto da eficiência
O juiz Sérgio Moro e a Polícia Federal estão pagando caro pela ousadia na investigação que prendeu políticos, empresários e servidores públicos. Além dos cortes no fornecimento de água, energia e pagamento de aluguéis, a PF se vê obrigada a revezar viaturas por falta de combustível. Os cortes passam de R$ 130 milhões. Já Sérgio Moro enfrenta a discórdia de boa parte do mundo jurídico, incomodada com os avanços e a repercussão das operações, e as frequentes ameaças de morte. O caminho da moralidade é recheado de espinhos.
Perdido na coletiva
Por causa de um baita escorregão, o meia Daniel Carvalho (Goiás) chamou pra si a responsabilidade de vencer o Vila Nova, na primeira rodada do campeonato goiano, a qualquer custo. Ele admitiu que não conhecia a rivalidade com o clube colorado, ou fingiu não saber, e também o potencial do grande rival esmeraldino. Os jogadores do Vila Nova agora querem apresentar o cartão de visita para Daniel Carvalho
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