Muitas juras de amor
Com Iris Rezende (PMDB) fora da disputa – alguns, como eu, preferem aguardar até o dia 5 de agosto – e Marconi Perillo (PSDB) desprezado por partidos que integram a base governista, a sucessão em Goiânia se transformou numa terra de ninguém. Todo mundo conversando e desconfiando, na mesma intensidade, das intenções alheias. Pré-candidatos nanicos não arredam o pé da disputa e os favoritos hoje – Delegado Waldir (PR) e Vanderlan Cardoso (PSB) – optam por fazer beicinho para supostos apoiadores.
Quase um time de futebol
Goiânia sempre funcionou como caixa de ressonância eleitoral para os municípios do interior, por isso não fica difícil imaginar a dimensão das alianças que estão sendo costuradas Estado afora. Ninguém mais necessita da bênção de Iris Rezende e Marconi Perillo, abrindo generoso espaço para a consolidação de outros projetos. A lista reúne praticamente um time de futebol: José Eliton (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Lúcia Vânia (PSB), Wilder Morais (PP), Daniel Vilela (PMDB), Magda Mofatto (PR), Jovair Arantes (PTB) e Vilmar Rocha (PSD).
Petistas em maus lençóis
O PT é a única exceção do momento em função das gestões desastrosas de Dilma Rousseff e Paulo Garcia, sem contar na decepcionante candidatura do ex-prefeito Antônio Gomide em 2014. Mesmo assim o deputado federal Rubens Otoni tem peso político suficiente para integrar qualquer chapa como candidato a vice ou ao Senado. Prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela prefere colocar-se na condição de reserva imediato de Daniel Vilela, somente participando das articulações caso o filho não esteja incluído.
Waldir e Vanderlan, os independentes
Também não é possível descartar o peso político natural do Delegado Waldir, muito menos de Vanderlan Cardoso, caso um deles consiga ocupar a principal cadeira do Paço Municipal. Nem mesmo Magda Mofatto e Lúcia Vânia, em tese articuladoras das duas candidaturas, dormiriam tranquilas em função das constantes divergências com seus pupilos. Os olhos de Waldir e Vanderlan brilham quando são chamados de independentes. Eles gostariam, e muito, de interferir ou até fazer parte da sucessão estadual como candidatos.
Aprendizado para situação e oposição
Os personagens políticos do segundo andar em Goiás começam a dar os primeiros passos sem a sombra de Iris Rezende e Marconi Perillo a incomodá-los. Em princípio o cenário é desanimador, muitos batendo cabeça e atirando pra todo lado. Mas, na verdade, o período é de experiência para situação e oposição. Todos apostando na descoberta de afinidades para virar namoro e, quem sabe, casamento em 2018.
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