Na apresentação dos suspeitos de vários crimes em Goiânia, a Polícia Civil (PC) explicou que a quadrilha de travestis presa nesta terça-feira, 20, durante a Operação Divas matou três rivais em uma disputa por pontos de prostituição no Bairro São Francisco, na capital.
Ao todo, foram seis travestis e um homem presos. A líder da quadrilha agia para evitar que novas concorrentes pudessem atuar no setor, tradicional local de prostituição de Goiânia.
Segundo o delegado Thiago Martimiano, responsável pelas investigações, o grupo cobrava para que novas prostitutas e travestis trabalhar na região. Como algumas não aceitavam a imposição, começou uma disputa na região. No entanto, elas ficavam devendo os aliciadores e não conseguiam ir embora.
“Essa líder mantinha uma casa para abrigar as travestis. Quem quisesse morar e fazer programas no local tinha que pagar R$ 50 por dia. Mesmo que se prostituía nas ruas, era obrigado a pagar R$ 30 por dia. Era a ‘dona do pedaço’. Começaram a ter algumas desavenças que ocasionaram as mortes”, disse.
LEIA MAIS: Quadrilha de travestis é presa suspeita de homicídios em Goiânia
As seis travestis tinham mandado de prisão em aberto pelo crime de homicídio. Além disso, elas e o homem foram detidos em flagrante por associação criminosa. O rapaz atuava na logística, comprando munições e levando as suspeitas para praticar os crimes.
Dentre as suspeitas presas estão “Gabriela Vontay”, de 31 anos, “Michelle Brasil”, de 26 anos, “Jackeline Safyra”, de 34 anos, “Rebecka Fox”, de 29 anos, “Tiãozinho”, de 55 anos, que seria responsável pela logística, “Emily”, de 44 anos, e “Lara”, de 25.
Arma e silicone
Na casa onde a líder do grupo vivia, foram encontrados uma arma, uma porção de droga, além de frascos de silicone industrial. Segundo a polícia, o material era aplicado de maneira irregular nas travestis.
“Ela financiava e colocava o produto nas travestis e depois cobravam a dívida de maneira parcelada. Os preços variavam entre R$ 6 mil e R$ 10 mil. Por conta disso, ela também vai responder por exercício ilegal da profissão”, destacou Martimiano.
Discussão sobre isso post