Um Goiás amador e medíocre
Cada torcedor já escolheu o seu motivo para o rebaixamento do Goiás à Série B. A inoperância dentro e fora do gramado foi tão grande que pelo menos 10 justificativas podem ser apontadas para o novo vexame nacional. Uma em especial: o amadorismo do presidente Sérgio Rassi e do diretor Harlei Menezes. O discurso de que “no futebol todos ganham e todos perdem” cai por terra quando os dirigentes abusam do direito de errar.
Incompetência e falta de pulso
Entre as derrapadas da dupla, destaque para a montagem de um time sem dois ou três líderes natos em campo; não ter negociado o atacante Erik quando se transformou em revelação-problema do elenco; baixíssima qualidade das peças de reposição no banco de reservas; e a ausência de ousadia e criatividade na escolha dos técnicos que passaram pela Serrinha. Rassi e Harlei bateram cabeça, alternando puxões de orelha e mordomias aos jogadores. Comando instável é ambiente fértil para campanhas medíocres no futebol.
Reféns do cofre
Discussão inócua nas três esferas do poder executivo – federal, estaduais e municipais – é a substituição de auxiliares nessa altura do campeonato brasileiro da falta de recursos. Simplesmente não há dinheiro para a manutenção básica dos serviços públicos essenciais e os governantes cogitando trocar seis por meia dúzia. Não existe fórmula mágica para ministros e secretários com o caixa despencando mês a mês. O ideal mesmo seria a redução pela metade dos cargos de primeiro escalão.
O que fazer com Tibúrcio?
E por falar em inutilidade, a aposta no Palácio Pedro Ludovico Teixeira é sobre o destino de Henrique Tibúrcio, atual secretário de Governo. Ninguém assume publicamente, mas o advogado está sendo considerado um fardo pela fragorosa derrota na OAB/GO e também por não possuir um grama de peso político. Tibúrcio já faz parte da numerosa lista de “rainhas da Inglaterra” do Governo de Goiás.
Mãos ao alto
A Metrobus já anunciou que vai recorrer da decisão judicial que obriga a empresa a garantir segurança aos usuários do Eixo Anhanguera. O cidadão comum, como de costume, deve continuar estrelando o papel de vítima indefesa nos ônibus e terminais da maior linha do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia.
Lamento de tucano
E pensar que uma das principais prejudicadas pela falta de compromisso do Governo de Goiás com o Eixo Anhanguera foi a empresa de segurança de um aliado, o ex-deputado estadual Marcos Martins. A dívida de quase meio milhão de reais, ignorada solenemente pela secretaria da Fazenda, provocou um senhor rombo no bolso do tucano, que se considera desprestigiado pelo governo.
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