Presidente do Conselho Nacional de Educação, Gilberto Gonçalves Garcia, destacou o papel social de instituições de ensino superior no VI Fórum da Educação Superior do Estado de Goiás, que debate anualmente a educação superior. O evento foi entre 15 e 17 de abril, na sede da Federação das Indústrias, em Goiânia.
Ao promover o debate, o Fórum, que é promovido pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimento de Educação Superior do Estado de Goiás, auxilia as faculdades. Ajuda no planejamento e execução das funções, situando-se na sociedade contemporânea.
Na Palestra Magna, Gilberto Gonçalves Garcia lembrou que a trajetória das leis e normas que regulamentam a educação no Brasil mostra avanços, mas que o processo precisa ser acelerado, para acompanhar o ritmo da evolução tecnológica. “Seja em que nível for, a educação terá maior eficiência quanto mais próxima estiver da tecnologia” – apontou o palestrante.
Gilberto mostrou que por se tratar de um modelo que hibrida o sistema das universidades públicas com as universidades privadas, o sistema nacional de educação só alcançará o nível de qualidade necessária se todas as partes cumprirem bem o seu papel. Sendo ele a responsabilidade com a qualidade do ensino, estimulando a pesquisa e a educação continuada.
“É preciso conduzir o acadêmico a pesquisa, onde ele poderá tirar conceituação própria do conteúdo dominado de forma prática. Também é preciso estimular a todos a procura pelo conhecimento contínuo, naquilo que denominamos educação continuada, pois isso manterá todos com o conhecimento atualizado e contextualizado”, argumentou Gilberto.
Estudantes pobres
Mesmo evitando a crítica direta, o presidente do Conselho Nacional de Educação sugeriu que a educação não seja explorada como mercado. De forma sutil ele mostrou que a presença da iniciativa privada no ensino superior colabora com o sistema e precisa ser exercida com responsabilidade e compromisso. O diretor geral da Faculdade Alfredo Nasser, Professor Alcides Ribeiro Filho concorda com essa posição.
Para ele as instituições de ensino superior particulares precisam equalizar a situação para ter condições de manter em dia a folha, com a valorização do profissional, expandir e garantir o acesso do estudante pobre: “uma instituição de ensino superior não pode ter como meta exclusiva o lucro. Nossa atividade é diferenciada e somos nós, os agentes da educação superior que precisamos cuidar para que ela esteja ao alcance daqueles que não podem arcar com as mensalidades”.
Professor Alcides, explica ainda que esse é um custo social dos verdadeiramente interessados na promoção do saber: “só construiremos uma sociedade qualificada, justa e com menos violência através da educação. Enquanto ela não atingir todos os níveis a mão de obra será de qualidade duvidosa, a violência terá níveis exorbitantes e a justiça não será praticada” – finalizou o diretor geral da Faculdade Alfredo Nasser.
Homenagem
Antes da Palestra Magna, o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Educação Superior de Goiás, Jorge de Jesus Bernardo homenageou o presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEN), Roberto Dornas. Foi entregue uma placa de prata, com congratulações pelos 70 anos da entidade, que é pioneira na defesa dos interesses das escolas particulares do País. A CONFENEN teve papel relevante em conquistas para a educação brasileira, inseridas na Constituição de 1988.
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