Tenente Coronel Valderir é o novo comandante do 7º Batalhão e afirma: “em todos os locais por onde passei, diminuímos a criminalidade e aumentamos a produtividade e proatividade dos policiais. Aqui, não será diferente”
Por Francisco Costa
Uma mulher pede ajuda para solucionar um crime contra seu sobrinho. Era maio de 2011, quando um jovem foi morto e teve seu corpo utilizado em rituais satânicos. O crime aconteceu na Cidade Jardim, bairro de Goiânia. O, hoje, tenente coronel Valderir Pereira dos Santos tinha acabado o seu turno e se preparava para o descanso quando decidiu adiar a folga e auxiliar a mulher desesperada.
Ainda na manhã daquele dia, de posse de informações importantes, Valderir, junto com a mulher e o motorista dela, seguiu de carro à procura dos suspeitos. O primeiro foi detido por volta das 10h30. Com o depoimento dele, o policial pôde chegar ao segundo e, com as informações cruzadas e o apoio de serviço de inteligência da Polícia Militar (PM), prendeu o terceiro e principal suspeito, com um revólver calibre 38 e mandado de prisão em aberto. Foram todos condenados e estão presos. O ato do tenente coronel rendeu o reconhecimento por bravura.
Fuzileiro naval
Mas a história de Valderir , natural de Fortaleza (CE), na polícia, começou há 29 anos. Ele era soldado fuzileiro naval da Marinha, em Brasília. Um amigo, também fuzileiro naval, sugeriu que fizessem concurso para entrar para a PM de Goiás, justificando que demorariam muito para crescer na Marinha. Valderir aderiu à ideia. Em 1986, prestaram concurso para formação de oficiais e foram aprovados.
Em 27 de fevereiro de 1987, Valderir e seu amigo, Daniel Pereira, tomaram posse e ingressaram na Academia de Polícia Militar. No certame, o coronel em quarto lugar. Já seu amigo foi o primeiro colocado.
Na PM, o tenente coronel está prestes a completar 30 anos de serviço – inclusive, a partir de setembro, se quiser, ele pode ir para a reserva. Durante esse período, ele conheceu todas as regiões do Estado. “Onde havia problema, eu era convocado para solucionar. Em todos os locais por onde passei diminuímos a criminalidade, aumentamos a produtividade e a proatividade dos policiais.”
Por fim, Valderir estava no 29º Batalhão de Polícia Militar de Goiatuba, mas, em 27 de janeiro, dois dias depois de seu aniversário, o tenente coronel ganhou o que ele mesmo chamou de presente: a oportunidade de comandar o 7º Batalhão de Polícia Militar, também conhecido como Batalhão Triunfo. “Uma alegria imensa poder estar à frente desta unidade tão importante para Goiânia e para mim. No 7º, iniciei como aspirante e, tempos depois, retornei como capitão”, diz saudoso.
Gratidão
O novo comandante do 7º garante que só tem a agradecer à PM. Casado há 27 anos, ele afirma que graças à polícia conseguiu formar uma filha no curso de Direito e um filho em Ciências Aeronáuticas. “O mais novo faz engenharia civil na Universidade Federal de Goiânia”, destaca orgulhoso.
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