A jovem de 25 que alega ter sofrido estupro coletivo durante festa em Águas Lindas de Goiás mudou seu depoimento à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).
Inicialmente, ela teria dito que foi violentada por 6 homens.
No novo testemunho, a vítima teria descartado a participação de Daniel Marques Dias, organizador da festa e irmão do policial militar do Distrito Federal Irineu Marques Dias.
Em um vídeo, ele aparece completamente embriagado. A polícia apura o arquivo.
Os irmãos e outro suspeito foram presos em flagrante.
Um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) de Goiás não constatou lesões no corpo da mulher, o que não comprova que ela não tenha sofrido os abusos.
Os investigadores aguardam a conclusão de testes laboratoriais para identificar a presença de esperma no corpo da jovem.
Crime
Segundo peritos, é possível cometer estupro sem conjunção carnal.
“Além da penetração, há como concretizar a violência na felação, ou até mesmo ao encostar nos seios ou órgãos sexuais da vítima. Ou seja, qualquer ato que satisfaça a libido. Mesmo que os exames laboratoriais não constatem a presença de sêmen, provas subjetivas ainda podem caracterizar o crime.”
Ainda, quando a pessoa está dopada ou embriagada a ponto de não responder por sua ação, se encaixa no crime de estupro de vulnerável, do Código Penal Brasileiro.
A violência teria ocorrido no sábado (9).
Segundo a mulher, ela teria ido à festa na 6ª feira (8) e, na madrugada para sábado, 2 mulheres teriam a convidado para dormir. Quando ela entrou no quarto, as mulheres saíram e o militar teria entrado com uma arma.
O policial teria abusado sexualmente dela e, depois, outras 5 pessoas.
Posteriormente, ela conseguiu escapar e pediu ajuda a vizinhos, que chamaram o Corpo de Bombeiros Militar, que a levou até o Hospital Municipal Bom Jesus.
Após a denúncia, os acusados foram levados à 17ª Delegacia Regional de Águas Lindas.
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