Em 2011, a direção da Igreja Videira decidiu ampliar o estacionamento do templo rente à margem direita do córrego. A obra, segundo a Delegacia Estadual de Combate a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), comprometeu parte do manancial, caracterizado como área de preservação permanente, provocando prejuízos ambientais irreparáveis.
Indignados com o fato, moradores denunciaram o caso aos órgãos competentes. Como nada foi feito, um grupo de amigos, liderado pelo jornalista Guilherme Coelho, realizou uma manifestação no local da obra e convocou a imprensa. Além disso, os moradores afixaram uma faixa com os dizeres “Por favor, respeite o Córrego Vaca Brava” sobre a cerca que envolve o manancial, na Avenida T-7.
Providências
A Organização Jaime Câmara (O Popular, Jornal Daqui, TV Anhanguera e a Rádio CBN) noticiou o problema e, só assim, os órgãos responsáveis tomaram providências. Entretanto, no início do ano, o pastor Aluizio Antônio Silva, fundador da Igreja Videira em Goiânia, afiançou que o templo cumpriria as determinações impostas pelo Ministério Público estadual e pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma).
Dito e feito! As determinações foram cumpridas. A igreja substituiu o antigo solo do estacionamento por um pavimento permeável, adequou o sistema de drenagem para evitar o desgaste do gabião, fez a inclinação do talude para favorecer a vegetação, e recompôs as espécies nativas às margens do Córrego Vaca Brava. A atitude da direção da igreja serve de exemplo para àqueles que foram notificados por agredir o Meio Ambiente e ainda não recuperaram a área degradada. “A Videira cumpriu seu papel, adequando-se às legislações ambientais, e dando bom testemunho perante à sociedade”, afirmou o vereador Agenor Mariano em seu blog.
O Ministério Público estadual reconheceu que a ocupação da área pela igreja se deu antes das legislações ambientais que definem áreas de preservação permanente, mas isso não tirou a responsabilidade do templo em recuperar área degradada.
A Igreja Videira foi fundada em Goiânia há dez anos. Hoje conta com duas unidades que, juntas, têm cerca de 30 mil fiéis. O templo do Setor Bueno está instalado em um imóvel construído há várias décadas, onde anteriormente funcionava a Transportadora Caçula.
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