Por Thiago Taquary, advogado
No raciocínio lógico matemático, uma argumentação baseada em falsas premissas pode ter sua conclusão como uma verdade.
Ainda que uma ciência complexa, essa lógica esteja servindo para as notícias falsas, pois um conteúdo não verídico veiculado está na atualidade sendo combatido com outra notícia incorreta, para que haja uma errônea percepção da realidade e traga uma suposta verdade.
Destaca-se que o simples ato de se negar as fake news já não é mais suficiente. E, por isso, tem-se mais notícias enganadoras!
Em breve resumo, fake news são notícias falsas que se propagam, principalmente nas redes sociais, e que incutem informações irreais ao leitor.
É fato que alguns são enganados, mas outros se fingem enganar para justificar um pensamento ou defender uma linha ideológica.
CPI das Fake News
No Congresso Nacional, há movimentações para a instalação da CPI das Fake News.
A preocupação é grande. Nas próximas eleições municipais tais notícias, desprovidas de verdades, podem arrasar cidades.
E, destaca-se, fake news não têm lado. Inclusive, quem a propaga inicialmente, também libera outras notícias falsas avisando que o adversário, em tom de culpa, nega veemente a informação.
É realmente embaraçoso e complexo saber a verdade.
Salienta-se também que as notícias sem correspondência com a verdade, além de prejudicar o processo democrático, estão servindo de abrigo e escusa para que autores de fatos verdadeiros e ilegais se aproveitem e digam: tais conteúdos são fake news!
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) preparou diversos vídeos com o objetivo de esclarecer o eleitor sobre os efeitos negativos da desinformação, compartilhamento de notícias falsas, no processo eleitoral.
Diversos julgamentos já foram enfrentados tendo por objeto este tema.
Conselho Estadual de Checagem de Fatos
Já atento a essa prática perniciosa, o deputado goiano Henrique Arantes (PTB) apresentou o projeto de lei de nº 4786/19, que pretende instituir o Conselho Estadual de Checagem de Fatos, com o objetivo de promover ações e executar programas e projetos relacionados à prevenção e repressão à divulgação de notícias falsas.
Isto é, percebe-se que medidas estão sendo tomadas.
Portanto, nas próximas eleições de 2020, eleitores e candidatos terão que tomar bastante cuidado, estes sendo ágeis em combater algo que ataque o seu direito a concorrer ao pleito.
E, aqueles, os eleitores, não propagando notícias de cunho duvidoso, sem fundamentos ou de difícil verificação.
“Golpe do Motoboy”, e eu com isso?
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