O ano era 2005 e eu estava lá, no Park Lozandes, acompanhando a solenidade que marcava o início da construção da nova sede da Assembleia Legislativa de Goiás.
Passou um filme na cabeça quando li nesta quarta-feira, 25, no jornal O Popular, que apenas 20% das obras foram concluídas em 15 anos. Uma aberração contada pela jornalista Fabiana Pulcineli.
Para se ter ideia da demora, 2 dos 3 principais personagens daquele evento sequer têm mandato atualmente: Samuel Almeida, ex-deputado, e Marconi Perillo, ex-governador. A exceção é o prefeito Iris Rezende.
Não há justificativa plausível para atraso de uma década e meia. Já foram gastos R$ 13 milhões e ainda faltam R$ 100 milhões, quase o dobro do orçamento original de R$ 54 milhões.
Trata-se de uma irresponsabilidade sem tamanho, passível de investigação por parte do Ministério Público.
Dinheiro público, fruto da arrecadação de impostos, precisa ser tratado com mais seriedade.
Abacaxi
A nova previsão de entrega da obra é para 2022. Qual a garantia após 3 paralisações e generosos aditivos?
O atual presidente, deputado Lissauer Vieira, tenta descascar o abacaxi que recebeu. Para isso, promete que a nova sede “não será luxuosa”.
O parlamentar acerta ao retomar as obras, evitando que a construção se deteriore com o tempo.
O contribuinte, por sua vez, espera que não haja mais interrupções. 15 anos de atraso já é motivo suficiente de vergonha para os goianos na utilização de recurso público.
O tempo gasto para conclusão da nova sede da Assembleia Legislativa corre sério risco de virar chacota nacional.
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