Nasci com o verde no peito, Palmeiras de coração, influenciado pela predominância dos clubes paulistas no norte do Paraná.
Dois outros fatores reforçaram a magia esmeraldina em minha vida:
1- A força do Palmeirinha, time amador que defendi na cidade natal (Bandeirantes);
2- A inesperada atração pelo Goiás Esporte Clube assim que cheguei ao território goiano (1982).
Em 50 anos, o único momento em que me vi obrigado a aplaudir outras cores, como se não houvesse amanhã, foi com o Clube de Regatas Flamengo da década de 1980.
Que time! Show comandado pelo maestro Zico em campo, coadjuvado por tantos craques, e show nas arquibancadas de um Maracanã que ensinava o restante do país a torcer.
À época, devo admitir, fiquei com uma pontinha de inveja. Hoje compreendo o motivo pelo qual o número de rubro-negros ultrapassa 40 milhões, segundo o DataFolha.
O Flamengo conquistou vários títulos consecutivos jogando um futebol vistoso e ofensivo. Algo que também pude presenciar com o timaço do Palmeiras (Parmalat) da década de 1990.
Momento
Enfim, dei uma senhora volta nos “campos da vida” para respaldar o chavão global: o Flamengo é o Brasil na final da Copa Libertadores – sábado, 17 horas – contra o River Plate.
Assim como acontece no Campeonato Brasileiro, espero ser contagiado pelo excelente futebol apresentado pelos discípulos do técnico Jorge Jesus.
Palmeirense sim, cego e insensível jamais. Os flamenguistas estão jogando o fino da bola e eu não consigo me enxergar torcendo para um time argentino.
Não espero reciprocidade caso os papéis se invertam no futuro. Futebol é momento. E o momento é rubro-negro.
Corinthians, Grêmio e Palmeiras conquistaram títulos relevantes num passado recente e não causaram tanto alvoroço. O futebol bem jogado sempre contagia e faz diferença.
https://youtu.be/GMGGza7ierM?t=37
Racismo no futebol: quando o ‘mar branco’ não enxerga o problema
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