Iris e Vanderlan não têm mais coelho na cartola
A essa altura do campeonato, ou melhor, do segundo turno, fica difícil imaginar um eleitor realmente indeciso em Goiânia. Só se for por conveniência. Iris Rezende (PMDB) e Vanderlan Cardoso (PSB) são por demais conhecidos, das virtudes aos defeitos. Isso ficou claro nos debates realizados nas últimas 36 horas: o da Rádio Interativa FM, de formato franco e aberto, e o da TV Serra Dourada/SBT, obedecendo modelo tradicional.
Sem desmerecer o valor e a abrangência dos demais veículos de comunicação, nem Iris nem Vanderlan serão capazes de tirar coelho da cartola nos quatro debates que ainda restam. Mesmo acirrada, a campanha atingiu o conhecido estágio da saturação. Programas eleitorais, perguntas e respostas em debates, enfim, tudo dentro do script novo x velho.
E o vento só não virou a favor de Vanderlan porque sua embalagem está surrada por três eleições consecutivas e a indigesta companhia de Marconi Perillo (PSDB). Já Iris aposta todas as fichas no eleitorado cativo e na fama de bom gestor para fazer o goianiense esquecer sua tara por eleições e o fiasco do sucessor Paulo Garcia (PT).
Em linhas gerais, o eleitor que hoje se diz indeciso é pelo desejo de não votar em nenhum dos candidatos ou pelo oportunismo de escolher o potencial vencedor na véspera do pleito. Cada um constrói a participação democrática à sua imagem e semelhança.
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A falta que faz um pó na Câmara
O grande debate na manhã desta terça-feira (18) na Câmara de Goiânia não girava em torno da mobilidade urbana, da sequência de assaltos a colégios e CMEIs na capital ou mesmo da troca de farpas entre Iris Rezende (PMDB) e Vanderlan Cardoso (PSB) no segundo turno. O tititi dizia respeito à falta de pó de café para abastecer o gabinete de 34 vereadores. O problema está afetando a Casa desde a última sexta-feira. A única exceção era o gabinete do presidente Anselmo Pereira (PSDB), muito bem abastecido por café e leite.
“Garrafa vazia é triste”
Como a ressaca eleitoral ainda atormenta a cabeça de 22 vereadores que vão deixar a Câmara em janeiro, alguns enxergaram desprestígio político e negligência operacional dos responsáveis pela reposição do estoque. “Em certos gabinetes o café pode até chegar frio, em função do insucesso eleitoral, agora garrafa vazia é triste demais”, brincou um assessor parlamentar. A solução foi reunir todas as garrafas na mesa da cozinha, um cenário condizente com o vendaval político que atingiu a maior parte dos integrantes da atual legislatura.
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