Lula no ataque
O ex-presidente Lula tem falado cobras e lagartos do governo da companheira Dilma e não tem reprimido as manifestações de petistas sobre o seu desejo de voltar ao poder em 2018. O Instituto Lula em São Paulo já trocou o figurino de escritório político para comitê de campanha, inclusive com reforço na agenda interna e externa. Até as caravanas pelo país voltaram à pauta do dia, sob o pretexto de revigorar o partido em tempos de vacas magérrimas. Atento às movimentações, o PSDB do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem intensificado as críticas ao seu principal oponente.
Buracos na defesa
O embate político é natural e nem de longe tira o sono de Lula. O que lhe causa calafrios tem cinco letras: BNDES. Correndo sob segredo de justiça, a investigação do Ministério Público Federal já pediu a prisão de 60 supostos envolvidos em irregularidades, entre elas tráfico de influência e pagamentos ilegais a políticos e empresários. As cifras são astronômicas e foram movimentadas justamente no período em que o ex-presidente comandava o país. E para aumentar a dose dos pesadelos de Lula, o cartão corporativo da ex-assessora Rosemary Noronha continua sendo investigado.
Jogo de interesses
As alfinetadas entre criador e criatura são avaliadas como naturais na disputa por espaço e poder político. A crise do momento envolve o governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão e o ex-governador Sérgio Cabral, ambos do PMDB. Mas a picuinha é suprapartidária, ninguém escapa. Em âmbito nacional destaque para os petistas Dilma e Lula. Na seara regional alguns exemplos: Iris e Santillo, Iris e Maguito, Marconi e Alcides, Iris e Paulo Garcia.
Rei do ringue
O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) permanece fiel ao script “senhor polêmica” em Brasília. Comanda a Casa com mãos de ferro e sequer aceita ser questionado pelos colegas. Não admitiu divulgação básica do Seminário LGBT do Congresso Nacional em função de foto da cantora Daniela Mercury com a companheira Malu Verçosa. E, com frequência, ameaça corte de pontos dos deputados e fiscalização nos atestados médicos. O sonho de Eduardo Cunha é ser candidato à presidência da República pelo PMDB em 2018. E, para isso, está disposto a comprar todas as brigas. Sabe-se lá até quando.
Na berlinda
A exemplo do meia Esquerdinha, que queimou o filme com a diretoria do Goiás e deixou de renovar contrato, o volante Rodrigo recebeu aviso que poderá seguir o mesmo caminho. Os dirigentes não engolem o “salto alto do jogador”, revelação das categorias de base e destaque no último Goianão. E culpam o pai do volante pelas dificuldades na negociação. Pelo histórico pouco amistoso do Goiás em renovações de contrato, a tendência é a de que o sujo esteja falando do mal lavado.
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