Quem ainda não se desincompatibilizou para a pré-candidatura não se desincompatibiliza mais. A não ser que a data do 1º turno seja adiada.
Isso porque já foi construído um consenso entre os presidentes da Câmara (Rodrigo Maia) e Senado (Davi Alcolumbre) de que o adiamento das eleições deve ocorrer mesmo para 15 de novembro.
O feriado da Proclamação da República foi usado como data eleitoral durante todo o período da Ditadura Militar, costume que foi alterado com a Constituição de 1988.
Caso ocorra o adiamento por meio de Proposta de Emenda à Constituição, todo o calendário eleitoral também deve sofrer alterações.
Com isso, o prazo de 4 meses antes do pleito para que pré-candidatos deixem seus cargos na administração pública também deve ser empurrado para frente.
A atual data limite de desincompatibilização, atingida em 4 de junho, seria então renovada pra 15 de julho.
Reflexos
Essa renovação do prazo pode ter reflexo na corrida eleitoral em Goiânia e Aparecida.
Sem alterações, secretários municipais que continuam no cargo não poderiam mais se lançar candidatos a prefeito ou vice-prefeito.
Essa é a situação em que se encontram Paulo Ortegal e Agenor Mariano, em Goiânia, e Tatá Teixera, em Aparecida.
Todos eles eram cotados como nomes fortes para uma vaga de vice nas chapas de Iris Rezende e Gustavo Mendanha, respectivamente.
Possível vantagem
Com uma prorrogação de quase 1 mês e meio, eles teriam um prazo maior para negociar e decidir por uma eventual candidatura.
Essa possibilidade, porém, não agrada os pré-candidatos que já se desincompatibilizaram.
No âmbito do Governo Estadual, é o caso de Wilder Morais, que deixou a Secretaria de Indústria e Comércio para disputar a Prefeitura de Goiânia pelo PSC.
Nos bastidores, alguns deles dizem que se sentiriam prejudicados caso seus concorrentes obtivessem essa “vantagem”.
Desincompatibilização: Após longa reunião, Tatá atende chamado de Gustavo
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