O presidente Jair Bolsonaro criticou diretamente o governador Ronaldo Caiado (DEM) pela 1ª vez na última 3ª feira (31).
Em referência à crise do preço dos combustíveis e à polêmica do ICMS, o presidente sugeriu que Caiado estava mentindo sobre a questão.
“Tem 2 governadores, não vou falar o nome aqui, que estão mentindo falando que estou mentindo, eles que estão mentindo. Um aqui do Centro-Oeste, que fala grosso o cara, ‘tá 32% o preço fixo’. Mas não fala que o 30% é em cima do valor total na bomba e tinha de ser em cima do preço da usina, refinaria”, declarou Bolsonaro a apoiadores em frente do Palácio da Alvorada.
Antes, Caiado já havia dito que a questão do preço dos combustíveis era mais complexa do que apenas abaixar a carga tributária estadual e que o real problema era a política de preços da Petrobras.
Desgaste
Em atrito desde o início da pandemia, a relação entre presidente e governador tem se desgastado mais nas últimas semanas.
Além dos embates sobre vacinas, medidas sanitárias e ICMS, membros do Governo Bolsonaro já começam a falar em não apoiar a reeleição do governador.
Em junho, o secretário-geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, afirmou que o apoio do grupo bolsonarista à reeleição de Caiado ainda não está acertado.
Dias depois, foi a vez do deputado federal Major Vitor Hugo reforçar a tese, afirmando que sentiu um “afastamento” entre presidente e governador.
Já nesta semana, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, em visita a Goiânia, chegou a afirmar que Bolsonaro não precisa ter candidato ao Governo de Goiás.
Articulação
Segundo interlocutores do Palácio Pedro Ludovico, os articuladores caiadistas não acreditam em um rompimento com Bolsonaro e trabalham para que isso não seja uma questão em 2022.
Porém, a estratégia considera a possibilidade de que o governador não tenha o apoio do presidente e já estuda planos de ação para esse cenário.
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