Nesta 2ª feira (29), 16 governadores, incluindo o chefe do executivo goiano Ronaldo Caiado (DEM), assinaram uma carta de indignação contra as fake news.
Segundo o documento, as notícias falsas espalhadas por meio de redes sociais têm objetivo de criar instabilidade institucional nos estados e país.
“Registramos especialmente o nosso protesto quando são autoridades federais, inclusive do Congresso Nacional, que violam os princípios da lealdade federativa”, escrevem.
Além de se referirem às fake news criadas para dificultar o combate à Covid-19, como questionamentos sobre como têm sido aplicadas as verbas direcionadas aos estados pelo governo federal, dúvidas incitadas sobre a eficácia do isolamento social, uso de máscaras, procedência e eficácia das vacinas, dentre outras, também dizem respeito às postagens sobre o policial morto após surto psicótico na Bahia.
A deputada Bia Kicis, que já é investigada em inquérito das fake news, publicou nas redes sociais uma postagem em que chama o PM de herói e incita motim e pede investigação do caso.
O deputado Eduardo Bolsonaro também tem postado no twitter chamando o soldado de herói e incitando revolta na PM, dizendo que os agentes estão sendo censurados e proibidos de falar sobre a morte do PM por policiais do BOPE.
O ex-deputado Roberto Jefferson tem feito postagens estimulando pessoas a agredirem guardas civis que trabalham para fiscalizar os decretos estaduais.
“Os Estados e todos os agentes públicos precisam de paz para prosseguir com o seu trabalho, salvando vidas e empregos. Estimular motins policiais, divulgar Fake News, agredir Governadores e adversários políticos, são procedimentos repugnantes, que não podem prosperar em um país livre e democrático”, acrescenta o documento assinado pelos gestores estaduais.
Assinaram também, além de Ronaldo Caiado, Rui Costa, da Bahia; Flávio Dino, do Maranhão; Helder Barbalho, do Pará; Paulo Câmara, de Pernambuco; João Dória, de São Paulo; Mauro Mendes, do Mato Grosso; Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul; Camilo Santana, do Ceará.
Ainda, João Azevêdo, da Paraíba; Renato Casagrande, do Espírito Santo; Wellington Dias, do Piauí; Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte; Belivaldo Chagas, do Sergipe; Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso do Sul; e Waldez Goés, do Amapá.
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