A Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) de Goiás tem um plano para criar mais 6 mil vagas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, que será ampliado com reforma.
A meta foi apresentada nessa quinta, 10, em reunião da Corregedoria de Justiça do Estado de Goiás sobre o sistema prisional.
De acordo com o diretor geral da DGAP, coronel Wellington de Urzêda Mota, o planejamento é de ampliar em mais de 60% as vagas no sistema prisional goiano.
Para isso, nos próximos 3 anos serão implantadas as novas vagas em Aparecida.
A utilização de um fundo para reforma do presídio poderá viabilizar ainda outras 400 acomodações dentro do complexo nesse período, segundo o cronograma de execução.
Problemas e humanização
Segundo o Urzêda, o sistema penitenciário tem inúmeros problemas e desafios no futuro próximo.
“No entanto, procuramos atuar em conjunto com os outros poderes e órgãos ligados ao sistema prisional na busca de alternativas viáveis e realmente eficazes na prática. Esse plano que tem um padrão mais humanizado é um primeiro passo nessa direção”, apontou.
Outros pontos que fizeram parte da explanação foram a extinção dos presídios mistos no Estado, com a construção de penitenciárias femininas, e a ampliação de vagas no interior.
Também participaram da reunião o corregedor-geral da Justiça de Goiás, desembargador Kisleu Dias Maciel Filho, o supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Estado de Goiás (GMF/GO), desembargador Jairo Ferreira Júnior, e outros magistrados.
Contrariedade
A medida contraria empresários da região leste de Aparecida, que demandam a remoção da unidade do Regime Semiaberto do Complexo Prisional do Distrito Agro Industrial da cidade.
Segundo eles, a presença da unidade no local torna a região insegura e desvalorizada.
Em março, representantes da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (Acirlag) levaram o pedido ao vice-governador Lincoln Tejota (Pros) e oo secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços Wilder Morais (DEM).
À época, Wilder garantiu que discutiria a retirada do presídio até até setembro deste ano.
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