O Senado aprovou durante a semana, projeto que acaba com a saída temporária dos presos, conhecida como “saidinha”, em feriados e datas comemorativas, como Dia das Mães e Natal.
A discussão ganhou força depois que o policial militar Roger Dias foi morto por um preso beneficiado pela saidinha em Belo Horizonte, em janeiro, e foi movimentada principalmente pelo governador Ronaldo Caiado.
Ao lado dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Caiado articulou encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e senadores da oposição para discutir aprovação do fim das saidinhas temporárias.
Ainda no início de fevereiro, Caiado também defendeu o projeto publicamente, durante entrevista à Rádio Bandeirantes, de São Paulo.
“O Estado Democrático de Direito deve dar ao cidadão autonomia, direito de ir e vir e respeito”, afirmou ele, ressaltando a necessidade de reforçar os serviços de inteligência e dar autonomia às polícias.
Votação do projeto no Senado
No Senado, foram 62 votos a favor, 2 contrários e uma abstenção.
No Palácio do Planalto, o governo já fez questão de deixar chegar à cúpula do Congresso que não pretende se movimentar para frear o avanço do projeto aprovado nesta semana no Senado.
O texto ainda precisa passar por uma nova votação na Câmara e, só depois de aprovado pelos deputados, pode virar lei.
Caiado aproveita a pauta de segurança pública, um dos principais motes de sua gestão, para se fazer ainda mais relevante no cenário nacional e, com isso, se fortalecer para campanha presidencial em 2026.
Em aparições públicas recentes, o governador tem sido ferrenho na defesa de um enfrentamento das facções criminosas e, com o avanço do projeto, ganha respaldo para investir ainda mais na pauta em seu palanque.
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