O senador por Mato Grosso Delcídio Amaral “tinha ganância em ter recursos desviados dos cofres públicos para interesses exclusivamente privados”. A afirmação foi feita pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Janot afirmou ainda que o senador, que foi abandonado pelos colegas petistas, é um político “que não mede as consequências de suas ações para atingir seus fins espúrios e ilícitos”.
Janot apresentou os argumentos ao ministro relator da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki, para fundamentar a manutenção da prisão de Delcídio que é acusado de participar de um esquema para dificultar as investigações de corrupção da Petrobras.
Delcídio e seu chefe de gabinete Diogo Ferreira estão presos desde o dia 25 de outbro na capital federal. Eles, juntamente com o banqueiro André Esteves, que já está solto, são acusados de arquitetar um plano para comprar a delação premiada de Cerveró.
Mesadinha de R$ 50 mil por mês
Pretendiam ajudar Cerveró a fugir para a Espanha e ofereceram uma mesadinha de R$ 50 mil por mês para a sua família. O senador corre ainda o risco de perder o mandato, responde a processo de cassação no Conselho de Ética do Senado.
Janot relatou ainda que o senador Delcídio tinha forte influência na Petrobras. Documentos apreendidos no gabiente de Delcídio do Amaral atestam que ele interveria em alguns cargos. “As anotações referente a pessoas que deveriam ou não deveriam ocupar cargos na estatal, além de diversos documentos relativos a sua restruturação”.
Para Teori, os fatos indicam a existêcnia de possível organização criminosa que tinha por obejtivo interverir em investigação criminal, “por meio de cooptação de colaborador; obtenção ilícita de documentos com sigilo legal imposto; elaboração de plano de fuga para o reú preso; patrocínio infiel; e tentativa de interferência em julgamentos desta Suprema Corte”. Teori destaca que Delcídio Amaral ocupava papel de destaque na liderança.
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