Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, alertou nessa quarta-feira que todas as pessoas que tenham “entrado ilegalmente” no país “deverão ser deportadas” caso que ele vença as eleições.
Trump fez esta sugestão ao divulgar seu novo programa de imigração, onde muitos esperavam sinais de moderação, mas manteve muitas de suas antigas propostas, como a de construir um muro na fronteira com o México.
O magnata nova-iorquino afirmou durante um ato em Phoenix que sob sua presidência “não haverá anistia” e advertiu que ninguém poderá legalizar sua situação se “tiver entrado ilegalmente no país”.
Nesse sentido, disse que “o único caminho” dos 11 milhões de imigrantes ilegais que residem no país para legalizar sua situação é sair dos Estados Unidos e seguir o processo estipulado.
Deste modo, Trump manteve as propostas com as quais conseguiu vencer as primárias republicanas e deixou de lado a moderação que tinha mostrado nas últimas semanas, quando insinuou que alguns imigrantes ilegais poderiam permanecer no país.
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“Criminosos”
Trump prometeu que, se chegar na Casa Branca no próximo dia 20 de janeiro, deportará imediatamente “pelo menos” dois milhões de imigrantes ilegais, que chamou de “criminosos”, em referência àqueles com antecedentes criminais.
O candidato republicano também prometeu triplicar o número de agentes do Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE, sigla em inglês) com o objetivo de criar uma “força-tarefa de deportação” para “identificar e expulsar rapidamente” esses dois milhões.
Reforços
Ele também se comprometeu em contratar 5 mil novos agentes para a Patrulha da Fronteira dentro de seu plano de proteger os mais de 2 mil quilômetros de fronteira entre EUA e México.
Trump disse também que qualquer pessoa detida por ingressar ilegalmente ao país será liberada, como acontece agora em alguns casos, mas todas serão deportadas e “para muito longe” da fronteira.
Muro de contenção
Além das deportações, Trump prometeu a construção do polêmico muro, poucas horas depois do encontro com o presidente do México, Enrique Peña Nieto.
“Construiremos um muro ao longo da fronteira e o México pagará 100% por ele. Os mexicanos ainda não sabem, mas pagarão”, disse Trump, que em seu encontro com Peña Nieto recebeu a recusa do presidente para pagar a conta. (Com informações da FolhaPress).
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