A Câmara de Aparecida de Goiânia adotou uma postura incompatível com a democracia, sobretudo com os tempos modernos que alcançamos já na 2ª década do século 21.
Quem visitar a Casa em data próxima à publicação deste texto não terá acesso a nenhum espaço a não ser aquele reservado para os “espectadores”.
Diferente do que ocorria anteriormente, os visitantes agora não podem mais acessar o plenário após o fim das sessões ou mesmo transitar pelo prédio de maneira alguma.
Para fins de comparação, esse método de segurança não é adotado nem mesmo pelo Senado, Casa Legislativa mais restrita do país.
Lá, jornalistas credenciados podem trafegar pelos corredores, gabinetes e até mesmo abordarem parlamentares fora das sessões.
Em outras nações, com democracias maduras, tais restrições seriam vistas como escandalosas.
Ora, o Legislativo é a representação do povo. E, se a Câmara não é exatamente a casa do povo, ela deveria ser pelo menos um lugar onde o cidadão tem trânsito livre para exercer seus direitos.
Depois de um Dia da Independência tão simbólico, no qual tanto se falou na vontade popular e no que é democracia, a postura do Poder em uma cidade tão importante quanto Aparecida é, no mínimo, revoltante.
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