Em dia histórico, a violência policial e o desaparecimento forçado de 36 pessoas em Goiás entre 2000 e 2011 foi tema de audiência na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington (EUA), na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). A audiência, que ocorreu no início da tarde de 31 de outubro, sexta-feira, expôs casos de desaparecimento de pessoas com possível envolvimento de policiais que foram investigados pela Comissão Especial de Defesa da Cidadania, criada por decreto do governo estadual em 2011.
A audiência foi solicitada em 2013, a pedido da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, da Defensoria Pública da União em Goiás e do Grupo Cerrado. Na sexta-feira, durante a audiência, foi solicitada uma visita da comissão da OEA ao Brasil. Foi requerido um monitoramento internacional sobre os autos de resistência e os desaparecimentos forçados e a produção de informes sobre os casos. Ao lado dos denunciantes, o deputado estadual Mauro Rubem (PT) pediu também uma recomendação da CIDH para que o Estado reconheça a responsabilidade pelo desaparecimento das pessoas e indenize as famílias.
Quem acompanhou
Acompanharam, in loco, a audiência da OEA, em Washington, além do deputado estadual de Goiás Mauro Rubem, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Goiás, o titular do Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva e Defensor Público-Chefe da Defensoria Pública da União em Goiás, Adriano Cristian Souza Carneiro; o advogado Allan Hahnemann Ferreira, do Grupo Cerrado; o secretário-geral de Articulação Institucional da Defensoria Pública da União, Bruno Vinícius Batista Arruda; e o advogado e assessor parlamentar do deputado Mauro Rubem, Marcus Fidelis Ferreira Castro.
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