O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, abriu nesta quinta-feira, 15, inquérito para investigar o deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP) por tentar estuprar a estudante de jornalismo Patrícia Lelis, de 22 anos.
O pedido foi feito pela Procuradoria Geral da República (PGR) em razão de queixa registrada na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Brasília e encaminhada ao Supremo em razão do foro privilegiado do parlamentar. O inquérito serve para saber se houve ou não a prática do estupro.
No boletim de ocorrência (BO), Patrícia acusou Feliciano de abuso sexual. A estudante é da juventude do PSC, partido de Feliciano.
Apartamento funcional
A Patrícia contou que foi chamada por Feliciano para ir ao apartamento funcional dele, em Brasília, no dia 15 de junho, para participar de uma reunião sobre a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigaria a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Segundo Patrícia, ao chegar à casa do deputado, ela descobriu que ele estava sozinho e que não havia reunião. Feliciano, então, tentou estuprá-la, disse a estudante. Patrícia disse que gritou e que uma vizinha do deputado bateu à porta para saber o que estava acontecendo, o que colaborou para que o estupro não se concretizasse.
Na Polícia Civil de São Paulo, Patrícia Lélis foi indiciada por denunciação caluniosa e extorsão por acusar Talma Bauer, assessor do deputado, de cárcere privado e sequestro.
Em um vídeo postado em sua página na internet logo após a denúncia, Feliciano negou as acusações e disse que, com o tempo, ficará provado que não passam de “engodo” e “mentira”.
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Apesar de se dizer vítima, Patrícia foi indiciada pela Polícia Civil de São Paulo por denunciação caluniosa e extorsão depois de acusar o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, de tê-la sequestrado, mantido em cárcere privado e a ameaçado. A polícia pediu a prisão dela.
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