Uma “indústria” de fake news será colocada em funcionamento no período pré-eleitoral de 2020 em Aparecida de Goiânia.
Fontes, que pediram anonimato, trouxeram à Folha Z detalhes sobre um esquema de disparo em massa de mensagens via WhatsApp para enfraquecer adversários políticos.
As informações apontam que, curiosamente, a principal motivação para a criação do esquema é a disputa por espaço dentro da própria base do atual governo.
Essa rede de disseminação de notícias falsas e ataques virtuais seria dirigida por membros que apoiam a reeleição de Gustavo Mendanha (MDB) contra aliados.
Os principais alvos, conforme as informações obtidas com exclusividade pela reportagem, seriam o secretário municipal de Articulação Polícia, Tatá Teixeira, e o presidente da Câmara Municipal, Vilmar Mariano (MDB).
Tatá, em especial, tornou-se alvo após rumores indicarem seu desejo de integrar a chapa de Mendanha como vice.
Fontes apontam que o objetivo dos ataques seriam enfraquecê-lo dentro da gestão, minando sua relação com o prefeito.
Como funcionaria o esquema de fake news em Aparecida
Conforme apuração da Folha Z, o esquema de fake news será semelhante àquele usado nas campanhas de 2018.
Com este fim, os responsáveis já teriam adquirido um banco de dados de 250 mil usuários de WhatsApp, de contas registradas com telefones de moradores de Aparecida.
Para contornar o bloqueio dos disparos em massa, o plano é usar dezenas de chips diferentes, registrados com CPF’s de laranjas.
Além das notícias falsas, as campanhas de difamação lançarão mão também de medidas usadas pelo “gabinete do ódio”, supostamente instalado no Palácio do Planalto, em Brasília, para promover ataques contra desafetos políticos.
Assim, robôs, ou “bots”, serão dedicados para a publicação de posts com memes e ofensas no Facebook e no Instagram.
Segundo especialistas em segurança digital consultados pela reportagem, esse procedimento será um dos principais desafios da Justiça Eleitoral no Brasil em 2020.
Isso porque os articuladores desses esquemas usam para conversas internas, além da criptografia do WhatsApp, aplicativos de difícil rastreamento.
Um deles é o Signal, mensageiro privado que oferece o recurso de que as mensagens enviadas desapareçam após terem sido visualizadas pelo destinatário.
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