Com a Operação Produtividade Zero em andamento no Estado, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) divulgou uma nota para esclarecer a paralisação dos servidores da categoria, que começou nesta quarta-feira, 9, às 8h, e deve durar 24h.
De acordo com a Secretaria, os comandantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, o delegado-geral da Polícia Civil e os superintendentes da Polícia Técnico-Científica e da Administração Penitenciária irão adotar medidas disciplinares e criminais por causa da interrupção dos serviços.
Por meio de nota, a SSP informou que não foi comunicada de forma oficial por nenhuma entidade da segurança pública sobre a paralisação.
Confira, na íntegra, a nota da Secretaria de Segurança Pública:
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás presta os seguintes esclarecimentos à população goiana:
Nenhuma entidade representativa dos servidores da pasta comunicou oficialmente à Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária a realização de atos reivindicatórios nesta data.
Contudo, diante de informações veiculadas pelos órgãos de imprensa sobre a denominada Operação Produtividade Zero, conclamada pelo intitulado Comitê Integrado de Representação das Entidades de Segurança, a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária tomou todas as medidas necessárias para garantir a prestação de serviços e a tranquilidade à população.
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária lembra que, somente entre 2014 e 2015, os servidores obtiveram reajustes da ordem de 32,2% (mais que o dobro da inflação do período). Para os próximos três anos, a previsão é de mais 37,5%. Além dos reajustes salariais lineares, desde 2011, 13.096 policiais militares, 2.349 bombeiros militares, 569 policiais civis, 1.052 servidores do sistema prisional e 429 servidores da Polícia Técnico-Científica foram promovidos. Em 2015, 1.739 policiais civis, 422 servidores da Polícia Técnico-Científica e 358 servidores do sistema prisional obtiveram progressão na carreira – o que redunda em valorização na remuneração.
Diante desse quadro, e no contexto da grave crise econômica pela qual o País atravessa, a SSPGO confia que prevalecerá o bom senso e o compromisso dos servidores, que não tomarão qualquer medida que venha a prejudicar a população goiana e nem acarretar medidas disciplinares contra os mesmos.
De toda forma, a SSPGO já determinou aos comandantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, ao delegado-geral da Polícia Civil e aos superintendentes da Polícia Técnico-Científica e da Administração Penitenciária que adotem providências necessárias à apuração disciplinar e criminal de eventuais fatos decorrentes da Operação Produtividade Zero.
JOAQUIM MESQUITA
Secretário da Segurança Pública e
Administração Penitenciária de Goiás
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