Partidos de oposição já se desanimaram com a possibilidade de ter Gustavo Mendanha (MDB) contra Ronaldo Caiado (DEM) em 2022.
Isso porque a maior parte dos líderes partidários já chegou à conclusão de que o prefeito de Aparecida não vai romper com o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela.
Já que tudo nos bastidores indica que os emedebistas em geral devem optar pelas vantagens de apoiar a reeleição do governador, o pleito mendanhista pela candidatura própria tende a perder alcance gradativamente.
Waldir
O raciocínio foi bem resumido pelo deputado federal e presidente do PSL goiano Delegado Waldir: “Ele seria um espetacular candidato da oposição, [mas] é muito fiel ao MDB e tem uma ótima relação com Daniel Vilela”, afirmou em entrevistas recentes.
Flamengo
Como já destacado antes aqui no Blog, usando boas metáforas futebolísticas, para Gustavo, permanecer no MDB é como esquentar o banco de reservas da Seleção Brasileira.
Se tiver oportunidade de jogar bem uma final, entrará para a história. Por outro, lado, caso se naturalize para jogar em outro selecionado de menor expressão, dificilmente terá “camisa” para chegar à decisão.
Afinal, Mendanha disputa um longo campeonato de pontos corridos, não um simples confronto de mata-mata.
Plano
Outros interlocutores partidários ainda apontam que o maior beneficiado de toda essa novela da candidatura é o próprio Gustavo, ainda que ele permaneça onde está em 2022.
Isso porque a discussão diária em torno do assunto tem deixado seu nome em destaque nas colunas políticas ao longo das últimas semanas.
E, enquanto a indecisão durar, o cenário permanece.
Há quem analise essa situação ainda por outro ângulo.
Com seu passe valorizado, Gustavo tem condições até mesmo de negociar um possível acerto para o futuro.
O tabuleiro se moveria assim: 1) MDB fecha com Caiado; 2) Daniel é escolhido para vice-governador no lugar de Lincoln Tejota na chapa do DEM que tentará a reeleição; 3) Daniel assume o governo no final do mandato, em 2026; 4) Daniel tenta se reeleger para mais 4 anos no Governo Estadual; 5) Gustavo se candidata à Prefeitura de Goiânia em 2024; 6) Gustavo tenta se reeleger em 2028 e tem terreno fértil para se candidatar ao Governo de Goiás em 2028.
Um detalhe, no entanto, atrapalha esse raciocínio: um prefeito que cumpriu 2 mandatos não pode tentar um 3º, mesmo que seja em município diferente.
Isso é o que explica o advogado especialista em direito eleitoral Thiago Taquary: “É inconstitucional que um candidato a prefeito concorra a um 3º mandato consecutivo em cidade diferente da qual a função foi exercida anteriormente por 2 gestões”.
Não obstante, o plano já é assunto pelos corredores de repartições e secretarias.
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