Em reunião virtual com 32 prefeitos goianos no início da noite desta 2ª feira (18), o governador Ronaldo Caiado reclamou da “politização do coronavírus”, lamentou a queda progressiva do isolamento social e pediu sugestões de ações “compatíveis” aos líderes municipais.
Caiado argumentou que “nunca partidarizou sua gestão” e nunca atrasou repasses ou pagamentos por discriminação entre aliados e opositores.
Ele recapitulou a dificuldade que tem enfrentado para elaborar um novo decreto de medidas contra o coronavírus em Goiás e apelou para o bom senso de líderes e empresários: “Algumas pessoas estão confundindo a quarentena com férias”.
Segundo o governador, Goiás só tem hospitais de alta complexidade em Goiânia, Anápolis e Aparecida”.
Caiado ainda destacou o exemplo da região de Aparecida de Goiânia, que é a única cidade com leitos de UTI entre outras 24, que dependerão da rede aparecidense em caso de um surto.
Iris Rezende
Próximo a falar durante a transmissão, o prefeito de Goiânia Iris Rezende parabenizou o governador por sua “coragem e rapidez de ação”.
Ele ainda destacou que o vírus está sendo “relativamente contido” na capital.
Mas Iris também demonstrou preocupação com a situação mundial: “Nunca vivi um momento tão preocupante na vide pública e particular. O mundo todo está anestesiado”.
Gustavo Mendanha
Na sequência, o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha enumerou todas as ações da sua administração no combate e prevenção ao coronavírus.
Segundo ele, o plano é, em breve, passar a testar 300 pessoas por dia na cidade.
Gustavo ainda revelou que determinou à Secretaria Municipal de Saúde que não solicitasse mais vagas no Hospital de Campanha de Goiânia, concentrando o tratamento dos doentes da cidade no HMAP.
Segundo o prefeito, a fiscalização também cumpre papel importante no combate à Covid-19 no município.
De quase 1 mil estabelecimentos fiscalizados nos últimos dias, de acordo com ele, 10% estavam irregulares e tiveram o funcionamento interrompido até que os problemas sejam resolvidos.
O prefeito ainda alertou que, caso a rede municipal chegue a 70% de leitos ocupados, “independente da posição do presidente ou do governador, vamos fechar tudo”.
“Não podemos punir quem quer trabalhar por causa das pessoas que acham que estão de férias, fazendo festa”, advertiu.
Caiado denuncia falsa doação de R$ 50 mil em seu nome durante live
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