O MDB goiano tem duas namoradas no momento.
De um lado, o governador Ronaldo Caiado (DEM) e a promessa das 1.001 vantagens da máquina e do poder.
De outro, o prefeito Gustavo Mendanha (MDB), com o sonho do protagonismo e da independência.
Assim, sem se definir por nenhum dos “pretendentes”, o partido deixa seus filiados e aliados à deriva.
Cobrança
A confusão é tamanha que, recentemente, um grupo de vereadores foi até a Cidade Administrativa perguntar com todas as letras para Mendanha: vai ser candidato ou não?
Assim como vários correligionários emedebistas, eles cobram um posicionamento definitivo sobre a candidatura do partido ao Governo de Goiás.
Gustavo, por sua vez, mantém a mesma linha de discurso. Não diz que é candidato, mas insiste que o MDB tem que ter um.
Toda essa demora tem causado irritação entre aliados, especialmente aqueles de “baixo clero“.
Vereadores, prefeitos e deputados consideram que estão, neste momento, em banho maria.
Não querem arriscar qualquer movimentação antecipada que acabe resultando, mais para frente, em uma bola nas costas.
Daniel
Nesse sentido, a cobrança também envolve o presidente estadual Daniel Vilela, que não deu um veredito ainda sobre as diretrizes da cúpula partidária.
Para os líderes e chefes de governo, é mais fácil fazer grandes movimentos.
Para os pequenos, a realidade é outra.
Eles precisam de mais tempo para se reposicionarem caso qualquer obstáculo ou mudança surja.
O baixo clero quer -e nisso tem toda razão- saber com quem o grupo vai andar.
Nessa indecisão, o MDB arrisca não se casar com nenhum dos pretendentes: pode perder a chance de assumir a vice de Caiado e, ao mesmo tempo, desperdiçar tempo valioso no lançamento e divulgação da sua candidatura.
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