Alvo de uma manobra para retirá-lo da liderança da bancada do PSL na Câmara, o deputado federal Waldir Soares conseguiu articular o apoio de 32 colegas na noite desta quarta, 16, para manter-se na posição.
Mais cedo, a ala mais bolsonarista do partido havia formulado uma lista com 27 assinaturas para substituir Waldir por Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair.
A princípio, uma confusão se instaurou devido ao problema da soma das assinaturas nas 2 listas. De um lado, 27 apoiaram Eduardo. De outro, 32 estavam com Waldir. Como o partido tem 53 parlamentares, a conta não fechou.
Porém, como a contra-lista foi a última protocolada, o deputado goiano ainda comanda a bancada.
“Na verdade, a bancada está água e óleo e vejo que está acontecendo uma grande preocupação do Planalto, porque eu assumo uma posição extremamente independente, porque eu não me ajoelho, eu não sou empregado do presidente”, disse ele em entrevista à “Folha de S. Paulo”.
Áudios
Antes mesmo desta quarta-feira conturbada na Câmara, Waldir já havia apontado que o próprio presidente Bolsonaro estava ligando para deputados do PSL pedindo apoio à troca por Eduardo.
“O presidente está ligando para cada parlamentar e cobrando o voto no filho dele”, disse.
Ainda na quarta, áudios divulgados por pessoas ligadas ao PSL e atribuídos por eles a Bolsonaro mostram a suposta ação do presidente para convencer os deputados.
Questionado sobre as gravações, o Palácio do Planalto informou que não comentaria.
OAB faz palestra gratuita sobre direito eleitoral para pré-candidatos
Acompanhe a Folha Z no Instagram (@folhaz), no Facebook (jornalfolhaz) e no Twitter (@folhaz)
Discussão sobre isso post