Foi descoberto que um dos seguranças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava em um grupo que defendiam golpe de Estado.
A informação foi revelada na última 6ª feira, 25 após apreensão do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, o grupo de WhatsApp também continha ameaças ao ministro Alexandre de Moraes.
Investigação foi revelada em reportagem do G1.
Entenda
O tenente-coronel Mauro está preso desde o dia 3/5, suspeito de participar em operação por falsificação de cartões de vacina.
Após a apreensão do celular do ex-ajudante de Bolsonaro, a Polícia Federal descobriu um grupo de WhatsApp com militares da ativa que defendiam um golpe de Estado.
Um dos integrantes é o tenente-coronel André Luis Cruz Correia, subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), atuando diretamente na segurança de Lula.
Ele foi designado para o cargo no final de março deste ano.
Recentemente, Correia participou de viagens recentes com o presidente, como a da Bélgica.
A Polícia Federal levou o caso ao Palácio do Planalto, que exonerou Correia do GSI.
Desconfiança gerada
A PF se tornou ainda mais suspeita dos bastidores do GSI após a descoberta de Correia em grupo de Whatsapp golpista.
Lula ordenou que a segurança presidencial siga um modelo híbrido, em que a GSI fica no comando.
No entanto, a PF defende que a instituição é quem deveria comandar a proteção do presidente.
A GSI afirma que Correia não pode ser julgado sem antes verificarem se ele participava ativamente nas conversas.
A PF rebate, dizendo que a desconfiança só aumentou, uma vez que integrantes já estavam envolvidos com os ataques de 8 de janeiro, em Brasília.
A Polícia afirma ser grave e preocupante o fato de um segurança do presidente da República participar de um grupo golpista.
Sobre Mauro Cid
Investigadores descobriram que Correia teria solicitado para Cid realocá-lo da Bahia, para Brasília, o que foi feito.
Procurado pelo blog, o general Marcos Antonio Amaro dos Santos, ministro do GSI, diz desconhecer o relatório da PF que indica a presença de Correia em grupo golpista.
Marcos também afirma que Cid não tinha como ajudar o tenente a entrar no gabinete.
“Quem define quem vem para cá, de acordo com os critérios de seleção, é o comando do Exército. É o gabinete do comandante do Exército” disse aos investigadores.
O ministro afirmou que o gabinete planeja uma reestruturação, que deve ser compartilhada na próxima semana.
Em resposta à repercussão do caso, o Exército emitiu uma nota para esclarecer sobre o cargo do tenente Correia.
Leia a nota do Exército na íntegra:
Atendendo à sua solicitação, o Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) esclarece que nomeações e exonerações de funções são rotineiras dentro da Instituição, as quais visam empregar os recursos humanos nas atividades para as quais estejam habilitados. No caso em questão, houve uma troca direta com um militar que trabalhava no CCOMSEx e foi destinado ao GSI. Cabe ressaltar que diversos órgãos, ainda que separados fisicamente, compõem o Gabinete do Comandante do Exército. A Instituição segue à disposição dos Órgãos que apuram os fatos, a fim de contribuir com as investigações em curso, sendo que quaisquer esclarecimentos solicitados serão prestados exclusivamente aos mesmos.
Atenciosamente,
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