O presidente da Agetop, Jayme Rincón, rebateu as declarações de Paulo Garcia em entrevista à rádio CBN. O prefeito de Goiânia disse ser prejudicado pelo governo estadual e imprensa em uma campanha que tende a abalar sua imagem. Rincón, todavia, disse que a má administração da capital se deve a anos de caos sustentados pelo PT e PMDB.
Veja na íntegra reportagem publicada no Portal Brasil 247:
Chegou 2014 e o guerra entre oposição agora se deflagrou de vez. Envolto em crise na prefeitura de Goiânia e em conflito interno PT, Paulo Garcia deu entrevista à rádio CBN Goiânia e disse ser vítima de uma campanha orquestrada pelo governo estadual junto à imprensa para abalar sua imagem.
O petista afirma ser bom gestor, mas deu a entender que é prejudicado pela máquina do governo, que estaria fazendo de tudo prejudicá-lo. O presidente da Agetop e principal aliado de Marconi Perillo, Jayme Rincón, rebate o prefeito e não poupa críticas a Paulo Garcia e aliados.
“A situação de calamidade que vemos hoje em Goiânia é fruto da incompetência do grupo que está ai desde o ano 2000. A conta de 13 anos de más administrações levaram Goiânia ao caos. Esta turma deveria seguir o conselho de Iris Resende. Pedir desculpas à população por não ter dado conta do recado e entregar a cidade a quem sabe administra”, disse Rincón ao 247.
Possível candidatura
Responsável por tocar as principais obras do governo, Rincón é provável candidato à prefeitura de Goiânia em 2016. Ele já afirmou que pensa sim na possibilidade. E este projeto o faz entrar de vez na briga com Paulo Garcia. Ele considera covarde a tentativa de Paulo Garcia de transferir a culpa pelos problemas em Goiânia para o governo.
“A prefeitura não desentupiu nem limpou as bocas de lobo da cidade. Não recolhe o lixo regularmente. Inauguraram um túnel inacabado. E 35 mil lâmpadas estão queimadas, aumentando a insegurança na Capital. Isso tudo é culpa do governo? Não tem lógica afirmar isso”, ataca Rincón.
O governo estadual toca obras grandes em Goiânia e corre contra o tempo para entregá-las até meados do segundo semestre. Construção do hospital Hugo 2, reforma do Centro de Excelência, reconstrução do Autódromo e construção dos viadutos das GOs 060 e 070. Jayme Rincón garante que tudo será concluído dentro do cronograma.
De tabela, o chefão da Agetop dispara contra as obras da prefeitura e de gestões anteriores (quatro anos de Pedro Wilson (PT), seis de Iris Rezende (PMDB) e três de Paulo Garcia). “Não conseguiram construir uma simples ciclovia na T-63, aliás mal projetada e criticada por especialistas. Os buracos tomaram conta das ruas. O asfalto que Iris fez está se deteriorando. As obras nas marginais estão paradas e o Parque Macambira Anicuns virou uma lenda, nunca saiu do papel”.
Atritos de Paulo com Perillo
Jayme Rincón ainda critica o que ele chama de “má vontade” de Paulo Garcia em ter uma relação republicana e mais entrosada com o governador Marconi. “O prefeito costuma agir de forma arrogante e presunçosa nas discussões dos problemas e projetos para Goiânia”, afirma o presidente da Agetop.
Paulo Garcia nunca fez questão de ter boa relação com Marconi Perillo, ao contrário de Maguito Vilela (PMDB), prefeito de Aparecida de Goiânia. No ano passado, quando o nome de Paulo ainda era especulado para a disputa do governo do Estado, a o clima de tensão era ainda pior. Enquanto Maguito divide holofote, sorrisos e exalta parcerias com Perillo, o prefeito da Capital é distante do Palácio das Esmeraldas e despreza a boa convivência.
Por fim, Rincón avisa que o governo estadual está disposto a ajudar a debater as demandas de Goiânia. “Queremos e somos diferentes da oposição. Vamos apontar e discutir o que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida na Capital. A cidade não pode ficar abandonada”.
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