Alvo de críticas e discussões acaloradas há mais de 1 semana, o vereador João Santana (Republicanos) falou à Folha Z sobre a repercussão de um áudio compartilhado nas redes sociais que atribui a ele falas supostamente racistas e discriminatórias contra minorias religiosas.
Confira a entrevista:
FZ: O que o senhor tem refletido nos últimos dias sobre o caso?
João Santana: Meses atrás falei que “não sou macumbeiro, não sou espírita, sou pastor e não vou fazer média pra esses carinhas desse secretariazinha de raça social não rapaz, sai fora, não ficar misturado com esses pretos macumbeiros, eu prego contra eles, uai”. Às vezes as palavras tomam um sentido diferente do que pensamos a princípio. Hoje, com a velocidade das redes sociais mais que antes as palavras não voltam e por isso precisamos nos policiar ao pronunciá-las e ao repassá-las.
O senhor acha que exagerou?
Para quem acredite que exagerei nas palavras, nunca gostei de exageros e generalizações, porque isso geralmente nos deixa mais perto do erro do que do acerto. Todavia, quando eu disse que não sou macumbeiro e que não iria fazer média com secretaria de raça social, emiti minha opinião e no mesmo áudio disse que sou pastor. Jamais disse ou quis dizer que sou melhor ou minha fé é melhor, disse que sou pastor e realmente sou.
Mas o que dizer para as pessoas que se sentiram ofendidas pelas declarações?
Minha intenção jamais foi e será ofender qualquer raça, religião ou sequer grupo de pessoas. Porém, dizer que não sou ou que não simpatizo, a mim é garantido este direito, seria e sou um preto pastor, mas não um preto macumbeiro. Não por odiar macumbeiros, mas por princípios religiosos de foro íntimo garantidos nesta República.
Então o senhor apoia a liberdade religiosa e a pluralidade cultural brasileira?
Quem quer ser macumbeiro, católico, evangélico, espírita, ou qualquer outro credo religioso, que o seja com esmero e se posicione. Porque eu me posiciono ao ponto de pregar que não sejam isso ou aquilo e quem prega tem que pregar o que acredita. Isso não tem haver com incitar o ódio ou intolerância.
Tenho que ser fiel ao que acredito, ao que prego. Isso se chama liberdade religiosa, garantida em nossa Constituição.
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