O senador Ronaldo Caiado, do DEM, mais uma vez se fez presente na manifestação nacional contra o Governo Dilma, em São Paulo, onde se concentrou o maior ato do país. Para o senador, o ato de dia 12 de abril tem significado maior por ter unido todas as correntes diante de um mote só: o “Fora, Dilma!”. Ele também ressaltou que a confirmação de que mais cidades aderiram ao movimento em todo o Brasil é algo inédito nas manifestações populares na nossa história.
Mais de 400 cidades protestaram contra o PT
“Ficou provado que o desejo de ver Dilma e o PT fora do governo não se limita a uma região só. Mais de 400 cidades protestaram contra o PT, algo jamais visto, nem nas Diretas Já, nem nas manifestações que derrubaram Collor. Isso é muito simbólico e nós parlamentares temos a obrigação de levar esse sentimento das ruas para o Congresso”, afirmou Caiado.
O democrata ressaltou que o fim de semana serviu para comprovar a evolução natural da insatisfação popular para um objetivo em comum: a saída de Dilma. Ele se referiu à pesquisa Datafolha divulgada no último sábado que demonstrou que 67% dos brasileiros são a favor da abertura de um processo de impeachment.
“Parlamentarismo Jabuticaba”
Ronaldo Caiado afirmou que não há mais retórica a ser trabalhada pelo governo, após falharem ao responder aos anseios da população na última manifestação. Ele lembrou que em menos de um mês, após os protestos de 15 de março, a única novidade no cenário político foram mais escândalos de corrupção e o loteamento de cargos pela presidente.
“Se tentou abafar os protestos e contornar o quadro de completa ingovernabilidade mas o que se viu foram mais escândalos de corrupção, com até mesmo o Ministério da Saúde envolvido na Lava Jato. Ao ver que não enganavam mais ninguém, partiram para a única ferramenta que lhes restava: um loteamento político tão agudo, que a própria presidente ficou sem função dessa vez”, comentou.
O senador chamou de “parlamentarismo jabuticaba” a forma como Dilma arranjou para tentar consertar o quadro de ingovernabilidade que se tem hoje no país.
“A política está com Michel Temer. A economia ficou com Levy. Vivemos um ‘parlamentarismo jabuticaba’, que só existe no Brasil. Agora a pauta do impeachment já está posta e não há ferramenta que esse governo ingovernável use para amenizar, a não ser ela mesmo tomar as rédeas do processo e anunciar a sua renúncia. É isso que eu defendo. Será que ela tem esse respeito à nação?”, questionou.
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