Segundo o procurador da República Mário Lúcio Avelar, recursos desviados da Saneago foram usados para pagar dívidas de campanha de partidos políticos e até “para bancar coquetéis no Palácio das Esmeraldas”.
O procurador contou detalhes do esquema revelado pela Operação Decantação em entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (24), na sede da Polícia Federal, em Goiânia.
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“Para obtenção de contratos com a Saneago, algumas empreiteiras pagavam propina e distribuíam recursos. A má gestão ficou caracterizada pela inexecução de obras que se iniciaram em 2007 e até agora não foram concluídas”, disse o promotor.
A Operação
Na Operação deflagrada pela PF, foram presas várias pessoas, entre elas o presidente da Empresa de Saneamento de Goiás S/A (Saneago), José Taveira, e o presidente do PSDB goiano e diretor de expansão da empresa, Afreni Gonçalves.
Segundo a investigação, dirigentes e colaboradores promoveram licitações fraudulentas na contratação de uma empresa de consultoria envolvida no esquema criminoso. Ainda de acordo com a polícia, recursos públicos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de financiamentos do BNDES e da Caixa Econômica Federal, foram desviados para pagamento de propinas e dívidas de campanhas políticas
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Nota
Em nota, o Governo de Goiás disse que está “inteiramente à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos”. O comunicado segue: “Os procedimentos licitatórios realizados pelos órgãos, autarquias e empresas da administração estadual são pautados pela legalidade e pela transparência. O Governo de Goiás acredita na idoneidade dos diretores e superintendentes da Saneago (Saneamento de Goiás S.A.) e tem a plena certeza de que os fatos apresentados serão plenamente esclarecidos”.
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