A prisão do presidente do Instituto de Assistência a Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), Sebastião Peixoto, pode ter consequências mais profundas na política goiana.
Ele foi detido na manhã desta quinta-feira, 21, na Operação Fatura Final, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás.
Segundo investigação do MP, Tião e outras 5 pessoas seriam responsáveis por falsificação de documentos e apropriação de verbas do Imas.
Alvo da ação, Peixoto passou mal na sede do Gaeco e teve que ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Por fim, foi levado ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
Mas o que isso representa para a família Peixoto em Goiás?
Continuação da família na prefeitura
Por meio de nota, a Prefeitura de Goiânia relatou que denúncias que originaram a operação partiram da própria Controladoria Geral do Município (CGM).
Afirmou ainda que colaborará com o MP e que afastará todos os envolvidos dos cargos até a conclusão das investigações.
Até lá, o procurador André Quintino Paiva será o diretor interino do Imas.
Fontes internas ao Paço Municipal acreditam que a ação pode representar o fim da ligação entre Sebastião Peixoto e o Executivo municipal.
Em 2017, Peixoto já havia sido implicado em um esquema de superfaturamento e desvio de recursos do Parque Mutirama.
Os ilícitos teriam ocorrido quando ele era presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul).
Após a operação do MP, aliados próximos do prefeito afirmaram ao Folha Z que a confiança de Iris Rezende na família Peixoto está abalada.
R$ 42 mil
Segundo a investigação, pessoas ligadas a uma clínica de fachada que recebia indevidamente o dinheiro do Imas, doaram R$ 42 mil para a campanha do filho de Sebastião, Wellington Peixoto, que foi reeleito para a Câmara Municipal em 2016.
O vereador não é alvo da investigação.
Liderança de Bruno
Líder do governador Ronaldo Caiado (DEM) na Assembleia Legislativa, o deputado Bruno Peixoto (MDB) também tende a ser afetado pela prisão do pai.
Apesar de não ter sido implicado na Operação Fatura Final, o nome de Bruno já começou a ser questionado por aliados do governo.
Teria ele a confiança do governador, eleito com forte discurso anti-corrupção?
Cenas para o próximo capítulo da política goianiense.
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