Passadas as eleições, Vilmar Mariano (Patriota) não pode perder nem mais um segundo sem começar o processo de dar a sua cara à Prefeitura de Aparecida de Goiânia.
Ele foi levado ao cargo após ser escolhido vice de Gustavo Mendanha (Patriota) em 2020, quando todos sabiam que o prefeito inevitavelmente deixaria o posto para disputar o governo.
Nos bastidores, falava-se até que um acordo foi selado entre Gustavo e Vilmar para manter as alianças e arranjos locais inalterados até o fim do pleito de 2022.
Esse prazo já acabou e Vilmar, até agora, não se movimentou, mantendo praticamente todos os secretários nomeados por Mendanha.
Vilmar Mariano em 2024
É claro que o prefeito quer manter Gustavo ao seu lado, dando a ele espaço na gestão, pensando em 2024 e na dura disputa pela sua reeleição.
Mas a falta de ação direta para assumir controle sobre todas as pastas e órgãos municipais pode acabar prejudicando Vilmar.
Segundo fontes da Cidade Administrativa, alguns secretários continuam prestando contas a Gustavo, ignorando o atual chefe.
Desafios do ano que vem
Se o prefeito esperar até janeiro para promover mudanças, pode acabar se prejudicando.
Caso nomeie novos secretários, eles precisarão de até 6 meses para entrar no ritmo das respectivas pastas e destravarem projetos com a “marca” de Vilmar.
Tudo isso em um cenário de 2023 que promete um orçamento menor, devido às quedas na arrecadação em meio à pandemia, e uma Câmara Municipal mais hostil, com toda a fragmentação promovida pela saída de Mendanha e os novos arranjos do último pleito.
Por todas essas razões, o prefeito precisa assumir de vez as rédeas da gestão. O quanto antes. Se não, será engolido pelo sistema.
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