Feitiço de Bonner virou tormento e resignação
Você aí que costuma postar foto atrás de foto nas redes sociais – dormindo, acordando, comendo, trabalhando… – e não perde oportunidade de contar detalhes da sua vida pessoal, mire-se no exemplo do experiente jornalista William Bonner: um dia o feitiço vira contra o feiticeiro. Há pouco mais de seis meses, ele encantava seus milhões de seguidores nos perfis Twitter e Instagram com postagens divertidas, didáticas e zoeiras ao extremo. O “titio” Bonner era a mais pura empolgação, interagindo até mesmo da bancada do Jornal Nacional.
Fuga das maledicências
Bastaram três acontecimentos negativos em série na vida particular do apresentador para o seu tesão virtual diminuir a quase zero: fim do casamento com a também jornalista Fátima Bernardes, morte do pai e grave acidente de trânsito em que o filho dirigia o veículo. O sumiço de Bonner das redes sociais era mais do que natural. Não existia clima para novas postagens em função dos percalços pessoais. Mas ele foi além: apagou fotos antigas da ex-mulher, do pai e proibiu novos comentários, fugindo, obviamente, das maledicências que ocupam grande parte do mundo virtual.
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Outro lado da moeda
Eis o momento necessário para uma reflexão. Quem abre a guarda em excesso no cotidiano, estimulando opiniões dos internautas sobre atividades pessoal e profissional, precisa estar preparado para enfrentar o outro lado da moeda. Aquele dia em que “sacanagem” é a única palavra a vir na boca após uma rápida conferida nos comentários, carregados de ódio, preconceito e inverdade. Se o mais ilustre desconhecido numa distante cidade do interior pode se transformar em vítima, imagine o editor/apresentador do telejornal de maior audiência e mais emblemático do país?
Exposição incontrolável
William Bonner é gente como a gente. Está refazendo sua vida ao lado da perita judicial Tatiana Hartz e, por enquanto, tem se limitado a postar paisagens do Rio de Janeiro. Nada que lembre a grande quantidade de inserções no Instagram e no Twitter, configurando uma exposição incontrolável. O canhão chamado televisão, por si só, já é capaz de alimentar os desejos ilusórios dos telespectadores. Um deles seria o affair entre Bonner e a garota do tempo Maria Júlia Coutinho, a Maju, mesmo sem se conhecerem pessoalmente. Assim caminha o mundo das celebridades.
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