Com a rescisão de contrato do meia Daniel Carvalho, o Goiás deu início à temporada de caça aos culpados pela campanha vexatória na Série B. Os dirigentes vão dar muitas justificativas, mas a principal ficará coberta pelo tapete: os homens que dirigem o futebol esmeraldino são ruins de serviço, perdem de goleada para o diretor Adson Batista, do Atlético.
A comparação é inevitável quando se observa a quilométrica diferença de estrutura entre os dois clubes. Adson trabalha com os pés no chão, garimpando bons jogadores no mercado e estabelecendo parcerias com outras equipes. As chances de erro nas contratações ficam bem reduzidas. Já os cartolas esmeraldinos, principalmente o manda-chuva Sérgio Rassi, ainda acreditam que tradição e dinheiro contornam qualquer adversidade. Não perderam o glamour e a ilusão de décadas na Série A.
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O futebol mudou e os dirigentes do Goiás não percebem
O futebol mudou muito nos últimos anos. Só os dirigentes do Goiás não perceberam. Não adianta contratar o camisa 10, como Daniel Carvalho, ou o camisa 9, como o ex-gordinho Walter. A regularidade e o elenco do Palmeiras na Série A comprovam isso. O foco no coletivo é bem maior do que na dependência em jogadores diferenciados como Dudu e Gabriel Jesus. O mesmo acontece com o Atlético Goianiense. O time tem padrão de jogo e personalidade própria, independente das presenças de atletas qualificados como Magno Cruz ou Júnior Viçosa. Esse equilíbrio é o reforço que o Goiás jamais irá encontrar no mercado.
E como humildade é um artigo em falta na prateleira esmeraldina, o clube dificilmente fará uma proposta para contratar o diretor Adson Batista. Mesmo sendo ele um profissional gabaritado e reconhecido por fazer mais com poucos recursos. A tendência é que o Goiás continue sendo o time da quantidade: 1) de jogadores no elenco; 2) de palpiteiros no departamento de futebol; 3) de frustrações para o cabisbaixo torcedor.
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