Como era previsível, o “circo” chamado Operação Paranaíba terminou de forma vergonhosa e melancólica em Itumbiara. Quase 60 dias de investigações sobre o assassinato do ex-prefeito José Gomes da Rocha (PTB) e a força tarefa policial conseguiu a proeza de constatar o óbvio: o servidor Gilberto Ferreira do Amaral era doente e matou o então candidato por vingança. Algo que os moradores da cidade relatavam horas após a tragédia que causou também a morte do policial militar Vanílson Pereira e feriu o vice-governador e secretário de Segurança Pública, José Eliton, além do advogado Célio Rezende.
Gilberto Amaral ou “Beba”, como era conhecido, mantinha uma rixa com José Gomes há anos. Planejou e cometeu o crime sozinho. Bingo! Constatações dignas do detetive Sherlock Holmes, uma afronta à inteligência do cidadão itumbiarense. Nenhuma palavra sobre ilações governistas, deflagradas pelo tucano Marconi Perillo nos Estados Unidos, de que o atentado teria conotação política. Uma frase infeliz e irresponsável proferida pela autoridade máxima de Goiás, justamente o homem público que deveria acalmar e não incitar ânimos já exaltados.
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Custo
O picadeiro da Operação Paranaíba custou milhares de reais aos cofres públicos e merecia um sonoro pedido de desculpas ao vereador eleito Dr. Rogério e ao deputado estadual Álvaro Guimarães, adversários de Zé Gomes e que tiveram suas integridades físicas ameaçadas. Mas como promover uma manifestação de desagravo aos parlamentares, quando eles próprios não sustentam indignação por mais de algumas horas? Sabe como é, a política dá voltas e ninguém quer estender desavença com governador.
Se já não bastasse a repercussão nacional do atentado que tirou a vida de um candidato e feriu gravemente o vice-governador, Itumbiara não merecia entrar para o folclore político como o município onde a farsa por muito pouco não superou a realidade.
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