A obesidade existe como uma doença há muito tempo. No entanto, nas últimas décadas, maus hábitos alimentares e sedentarismo facilitaram o aumento desse distúrbio em crianças e adolescentes, e o problema já é considerado epidemia. O caso se tornou de saúde pública, uma vez que, caso continue a crescer nessas proporções, em poucos anos a população será predominantemente obesa.
As causas da obesidade são diversas e estão sendo investigadas por áreas como nutrição, endocrinologia e psicologia. Não existem pesquisas conclusivas acerca do assunto, pois na maioria das vezes a causa provém de fatores correlacionados.
De acordo com a psicóloga Sônia Mello, o problema da obesidade na adolescência é influenciado pelo não aceitamento social. “O sofrimento por não se encaixar no modelo proposto pela mídia pode causar a depressão, e esta, por sua vez, se desenvolver num caso de obesidade”, afirma a psicóloga.
Os casos de obesidade em crianças e adolescentes estão cada vez mais freqüentes. Uma criança obesa não é mais uma criança saudável, e a incidência desse tipo de caso está se dando em pessoas de idades cada vez menores.
Em contraposição, a consciência de que a obesidade é uma doença e que deve ser tratada também tem aumentado. Hoje, não se trata o indivíduo, mas o indivíduo num contexto. É preciso que o modelo familiar seja tratado. A probabilidade de uma criança que tem familiares obesos ser obesa é de 70%. Se os pais dessa criança forem obesos, a probabilidade aumenta para 90%.
A reeducação é imprescindível para bons resultados. O adolescente precisa se sentir acolhido para ser capaz de fazer as mudanças que ele precisa fazer. Não adianta um pai que tem um filho obeso querer tratá-lo, se ele também estiver com o mesmo problema. Se os pais desejam que os filhos tenham uma vida saudável, o primeiro passo é dar o exemplo, e ter também uma vida saudável.
Os profissionais alertam para a importância da prevenção, pois, normalmente, as pessoas só procuram ajuda após o caso estar grave. A prevenção deveria ser o mais importante foco, numa reeducação dos hábitos das pessoas. O mais importante não é o aspecto estético, mas a saúde; e neste caso, prevenir é ter uma vida saudável.
(Brunna Duarte)
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