Nova rodada da pesquisa Serpes em Goiânia constata: o governador Marconi Perillo só não está no mesmo degrau do fundo do poço onde se encontra o prefeito Paulo Garcia porque investe quatro vezes mais em publicidade. A reprovação do petista supera 60%, enquanto a do tucano ultrapassa 40%. A diferença entre eles é justamente o tempo e a competência para uma hipotética recuperação.
Paulo Garcia está a poucos meses do término do mandato – nas rodas políticas ganhou apelido de “caso perdido”. Já Marconi Perillo imagina ser possível repetir a guinada administrativa pós-Cachoeira. Pré-candidatos a prefeito e a vereador querem distância das figuras públicas mais expressivas do Estado. E isso vem mexendo com os brios de dois políticos extremamente vaidosos e intransigentes.
Pesquisa coloca pingos nos is
A pesquisa Serpes ainda representou a esperada polarização entre o delegado Waldir Soares (PR) e Vanderlan Cardoso (PSB), a pá de cal na postulação do tucano Giuseppe Vecci (agora tem cateterismo como desculpa), o troco dos “pré-candidatos laranjas” da base governista no péssimo articulador José Eliton e o dilema do PMDB, agora órfão de Iris Rezende. O deputado estadual Bruno Peixoto deve assumir o desafio com a tarefa de não fazer feio na disputa.
“O RJ continua lindo…e tenso”
Prefeito da Cidade Maravilhosa, o peemedebista Eduardo Paes já chegou a sonhar com uma candidatura à presidência da República. Estava na crista da onda com centenas de obras espalhadas pela cidade em função da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Hoje a realidade é bem distinta. Paes tem enfrentado tantos problemas, administrativos e políticos, que seu maior desejo é simplesmente concluir o mandato. O prefeito dorme à base de medicamentos, ganhou peso e perdeu o brilho no olhar.
O futuro de Eduardo Paes está literalmente atrelado à citação de seu nome em escândalos recentes, como a Operação Lava Jato, e também ao nível de organização dos Jogos Olímpicos. Pra completar o inferno astral do prefeito fluminense, a Procuradoria Regional Eleitoral solicitou a permanência das Forças Armadas no RJ até as eleições de outubro. Motivos não faltam: suspeitas de homicídios envolvendo 10 pré-candidatos e influência das milícias em comunidades. A tensão tomou conta – de vez – do cenário carioca.
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