O ser humano tem uma capacidade incrível de se adaptar, mas tudo tem limite. A invasão de ratos nas imediações da Praça do Trabalhador é daqueles exemplos de desleixo fora do comum. Cerca de 4 mil roedores em aproximadamente 200 tocas, circulando numa área onde 70 mil pessoas prestigiam a Feira Hippie, uma das maiores da América Latina. Especialistas apontam a situação como atípica. Tenho outra definição: surreal.
Não há justificativa plausível para os feirantes e a Prefeitura de Goiânia terem deixado o quadro se agravar nesta proporção. A desratização (aplicação de raticida) que está sendo feita agora já deveria ter ocorrido há muito tempo. Ninguém gritou, esperneou ou fiscalizou. Até parece que a convivência era bastante harmônica. O aumento da quantidade de ratos não acontece da noite para o dia. O responsável pela Pastarosa, empresa encarregada do trabalho, chegou a dizer que a área se transformou num verdadeiro condomínio. O nome ideal, desta forma, é Ratolândia, o “paraíso” onde roedores com tamanho aproximado de um gato praticamente não eram notados pelos frequentadores. Ou então tratados como bichos de estimação.
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Se você aí acha que estou pegando pesado demais, então fique esperto. Superintendente de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Goiânia, Robson Azevedo informou que os ratos devem procurar novos locais na cidade após serem expulsos da Praça do Trabalhador. E que também existem outras concentrações de roedores com tendência ao crescimento verificado entre o Araguaia Shopping e a Feira Hippie. Não durma no ponto. Ao menor sinal de incremento no número de roedores perto da sua residência, acione os órgãos competentes da saúde municipal. Não demore 6 anos para resolver algo que demandaria, no máximo, 60 dias. Leptospirose mata! Sem falar que higiene é a base de sustentação em qualquer local de convivência.
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