Pressa de Caiado e o PMDB ressabiado
O apetite do senador Ronaldo Caiado (DEM) pelo cargo de governador em 2018 antecipa um debate que pode fragilizar a oposição em Goiás. Ao colar sua pretensão em Iris Rezende no segundo turno da capital, o parlamentar deflagrou uma disputa acalorada entre grupos pró e contra a candidatura. Nas páginas de jornal e nas redes sociais, deputados estaduais e lideranças municipais não poupam elogios e críticas para Caiado e também aos dois nomes mais lembrados no PMDB: prefeito Maguito Vilela e deputado federal Daniel Vilela.
Desde o segundo turno da eleição de 2014, aliás, a assessoria do então candidato ao Senado da República já falava reservadamente que a “chapa dos sonhos” para 2018 seria Caiado governador e Daniel vice. Passados dois anos, o democrata começa a ter dimensão da dificuldade em pilotar o avião oposicionista sem vestir o uniforme do PMDB. Caiado já recusou dois convites para se filiar ao partido de Iris, Maguito e Daniel. A militância peemedebista reconhece a importância política do senador, entretanto teme relacionamento amoroso em casas separadas. Caiado está com a aliança na mão, mas a noiva (PMDB) tem opções mais confiáveis e menos explosivas no momento.
LEIA MAIS: Major Araújo chama Comandante da PM de criminoso e rasga nota oficial
Dário: técnico em pele de político
Ex-secretário municipal de Finanças, Dário Campos não só faz parte da equipe de transição do prefeito eleito Iris Rezende como é o líder disparado na bolsa de apostas para voltar ao cargo em janeiro. Motivos não faltam. Além da testada e comprovada competência em gestões anteriores, Dário demonstra um jogo de cintura acima da média para lidar com pressões internas e externas pela liberação de recursos. Lealdade e discrição são as características mais elogiadas por Iris Rezende na intimidade. Consenso sobre Dário: gestor financeiro mais político da Prefeitura de Goiânia.
Pauladas sem fim
Um Paulo (Garcia), prefeito, torna público o desejo de escrever livro para contar a sua versão sobre a herança recebida de Iris Rezende e as marcas administrativas que a população não reconheceu. Outro Paulo (Rassi), ex-secretário de Saúde, cobra humildade do xará por não aceitar o rótulo de pior gestor da história de Goiânia e pela ingratidão ao peemedebista. Quem conhece o histórico de desavenças entre os dois médicos recomenda a urgente intervenção da “turma do deixa disso” na guerra de bisturis. Dificilmente haverá vencedor.
Discussão sobre isso post