São Paulo e Brasília – Dos 12 torcedores corintianos detidos em Oruro pela polícia da Bolívia, seis devem ser soltos ainda hoje, 21, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Os outros, de acordo com o Itamaraty, seguem presos e passarão por exames forenses (perícia) para determinar se há vestígios de pólvora em suas mãos.
O grupo é investigado pela morte do boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador disparado por torcedores no Estádio Jesús Bermudez, na partida entre San José e Corinthians, pela Copa Libertadores da América, na cidade de Oruro.
À Agência Brasil, o Itamaraty informou que está acompanhando o caso por meio da Embaixada do Brasil em La Paz, na Bolívia, e que já enviou um funcionário do setor consular e um consultor jurídico para Oruro. O ministério não divulgou os nomes dos brasileiros que estão presos.
San José
O site do time San José traz uma foto do garoto, acompanhada da seguinte mensagem: “Deus e a Virgem te guardem em sua glória”. Com a página toda em preto e a palavra luto, o site oficial do Corinthians também prestou homenagem ao garoto boliviano.
O Corinthians divulgou duas notas oficiais e convocou uma coletiva de imprensa sobre o ocorrido. Nas notas, o clube paulista disse lamentar a morte do torcedor e se coloca à disposição “para ajudar no que for possível, mesmo sabendo que nada apagará a dor causada pelo incidente”. Na segunda nota, o presidente do clube, Mário Gobbi Filho, disse estar “sensibilizado, consternado e solidário com os parentes e amigos do torcedor” e decretou luto oficial de sete dias “devendo sua equipe atuar nos jogos contra Bragantino e Millonarios [da Colômbia] com tarja preta nos braços, em sinal de extremo respeito pela perda irreparável”.
Em sua página oficial na internet, a Federação Internacional de Futebol (Fifa), entidade máxima do futebol, não cita a morte do torcedor.
(Agência Brasil)
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