A Polícia Civil decidiu indiciar uma motorista de 68 anos que invadiu um restaurante em Goiânia, deixando 11 pessoas feridas.
No relatório final, a delegada Érica Botrel apontou que o veículo não tinha problemas mecânicos e que a condutora Elisabete Gonçalves Magalhães, de 68 anos, acelerou de forma imprudente.
“O desenvolvimento de velocidade excessiva, incompatível para o local, deveu-se à conduta imprudente da motorista ao acionar o pedal do acelerador de forma errônea”, resumiu a delegada.
Com isso, a mulher foi indiciada por por lesão corporal culposa e o inquérito já foi remetido à Justiça.
Motorista alega pane
Em resposta, a defesa da motorista alegou que o inquérito possui “inconsistências e equívocos”.
No seu depoimento após o ocorrido, Elisabete afirmou que o carro havia apresentado uma pane após ser atingido por outro veículo e, por isso, acelerou sozinho.
O defeito, segundo ela, havia aparecido no passado, mas ela acreditou que já havia sido reparado por um mecânico.
No entanto, a polícia descartou a hipótese após perícia.
Polícia aponta imprudência e imperícia
Para a delegada, a “conduta imprudente da motorista” foi determinante para a aceleração excessiva do veículo, que resultou no violento impacto “que proporcionou um verdadeiro cenário de guerra e pânico no local”.
Exames realizados no sistema de aceleração do veículo descartaram a possibilidade de aceleração do motor sem o acionamento do pedal do acelerador: “a aceleração é interrompida assim que o pedal é liberado”.
Segundo o relatório, a “falta de domínio” do veículo por parte da condutora ficou evidenciada.
“A versão apresentada foi rechaçada pelas provas técnica e oral realizadas. Não é possível que o veículo tenha acelerado sozinho”, concluiu a delegada.
Agora, o Ministério Público decidirá se acusará a mulher de alguma conduta criminosa.
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