Vão a júri popular nesta 3ª feira (8), a partir das 8h30, em Aparecida de Goiânia, 2 réus denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por homicídio triplamente qualificado e furto qualificado praticado contra José Ricardo Fernandes.
Bárbara Morais dos Santos e Matheus Teixeira Carneiro são acusados pelo crime ocorrido no dia 10 de julho de 2020, no Conjunto Estrela do Sul.
Segundo Ministério Público, a dupla espancou a vítima e, com ela ainda viva, ateou fogo em seu corpo, causando-lhe ferimentos que levaram à sua morte.
Na mesma ocasião, levaram da casa de José Ricardo uma televisão, um celular e sua carteira.
O promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior ofereceu a denúncia poucos dias após o ocorrido.
Ela foi aceita pelo juiz Leonardo Fleury Curado Dias em abril de 2021. O magistrado designou e presidirá a sessão do júri, que terá Milton Marcolino na acusação.
O caso de José Ricardo
Em agosto de 2019, a história de José ganhou notoriedade em todo o Estado depois que ele postou uma foto em uma rede social que mostrava o velório da mãe.
Na legenda, ele lamentou: “Eu velei e enterrei minha mãe sozinho”.
O post recebeu muitos comentários e solidariedade dos internautas.
Segundo o MP, com a repercussão, Bárbara se aproximou da vítima e se dispôs a arrecadar dinheiro para seu tratamento de hemodiálise para insuficiência renal, com uma “vaquinha” virtual, por meio da qual conseguiu cerca de R$ 30 mil, o que a levou a ir frequentemente à casa do homem.
Com a intenção de ficar com o valor que havia sido arrecadado, a mulher teria começado a planejar a morte da vítima.
Assim, de acordo com a denúncia, no dia 9 de julho, publicou em rede social, por meio de um perfil falso, um anúncio no qual dizia procurar uma pessoa que fizesse serviço pesado para “acabar com um véi tarado”.
Nesse ambiente, encontrou Matheus e ajustou com ele a prática do crime, com a promessa de recompensa de R$ 2 mil.
No dia do crime, Barbara foi até a residência da vítima, que permitiu sua entrada.
Na sequência, ela abriu o portão para Matheus, que aguardava do lado de fora e se passava por um doador de cesta básica.
Dentro do imóvel, os denunciados, então, teriam espancado a vítima, jogaram álcool nela e, com José Ricardo ainda vivo, atearam fogo em seu corpo, sem lhe dar chance de defesa.
A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
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